ADAB reforça fiscalização e educação sanitária para prevenção da PSC

São mais de 1500 km de divisa, sendo 900 km de divisa seca e 600 km tendo como divisor o Rio São Francisco. A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) vem atuando, nessa área, para prevenção de uma doença que está presente em estados vizinhos. A Peste Suína Clássica (PSC) foi registrada, recentemente, no Ceará e Piauí. É válido ressaltar que a Bahia é livre de PSC e por isso é considerada uma ‘barreira’ entre os estados da área livre e da área não livre. A Bahia possui cerca de 650 mil suínos cadastrados.

São 15 equipes, com mais de 40 servidores, atuando em 10 postos de fiscalização fixos e as blitze móveis.  Além disso, mais de 1500 propriedades já foram visitadas, por servidores da ADAB que realizam educação sanitária e fiscalização ativa. A agência tem capacitado o corpo técnico. Quatro servidores viajaram aos estados com foco da doença para ver de perto a realidade.

Segundo o diretor-geral da ADAB, Maurício Bacelar, as medidas adotadas pela Bahia garantem ao Brasil a continuidade nas exportações da carne suína e dos complexos de soja, algodão e milho. “Estamos trabalhando para garantir que a Bahia permaneça livre da doença. Essas ações reforçam o nosso comprometimento com os status adquiridos, além de proporcionar o desenvolvimento econômico e a geração de emprego e renda para diversas famílias na Bahia e em todo o país”, enfatizou.

A ADAB assinou dois termos de Cooperação Técnica com os estados do Piauí, Pernambuco, Alagoas e Sergipe para as ações conjuntas que sejam necessárias em garantir que a PSC não ingresse no Estado. O setor privado também colabora com as atividades, através da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA).

Para o diretor de defesa animal (DDSA), Rui Leal, esse é um trabalho conjunto entre ADAB, a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (SEAGRI) e os produtores. “Os produtores e médicos veterinários oficiais e autônomos são fundamentais na defesa agropecuária de qualquer doença. Eles devem notificar todas as suspeitas para a agência. O produtor não deve adquirir animais sem Guia de Trânsito Animal (GTA), pois esta guia garante a procedência e é uma ferramenta de rastreabilidade efetiva aos órgãos de defesa. Outra recomendação é não alimentar suínos com resto de alimento, sem que tenha passado por processo de cozimento. É importante reiterar que qualquer caso suspeito, mesmo que não seja na propriedade, deve ser comunicado a ADAB. Está vigilância passiva é de grande importância aos serviços veterinários do Estado”, concluiu.

Ainda segundo Leal, “a PSC não oferece riscos à saúde humana, garantindo ao consumidor o consumo normal da carne de porco”, finalizou.

Na área laboratorial, a ADAB vem realizando sorologia nas granjas próximas as áreas de divisas, vigilância em matadouros frigoríficos tanto no pré-abate como no abate, incluindo nestes estabelecimentos sorologia quando os animais são reprodutores e as matrizes oriundas desses estados. Há também a sorologia epidemiológica para comprovar que não possui circulação viral na divisa do Estado.

Alerta

Além de todas as ações técnicas, a ADAB está realizando campanha educativa em rádios, carro de som, redes sociais, com palestras e nas propriedades.

Casos registrados

Os últimos casos de PSC foram em 2004 no Pará, 2005 no Ceará, 2010 no Rio Grande do Norte e, recentemente, 2018 no Ceará e em 2019 no Piauí, com 61 casos registrados.

 

Fonte: ASCOM – ADAB

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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