Menos de 1% das empresas criaram 56% dos empregos de 2008 a 2011 no país

As empresas de alto crescimento criaram 56% dos novos empregos gerados entre 2008 e 2011, com um total de 3,2 milhões de assalariados. Ou seja, de cada dez pessoas ocupadas assalariadas adicionais, quase seis estavam nesses locais.

São classificadas dessa forma as companhias que tiveram crescimento do pessoal assalariado a uma taxa igual ou maior do que 20% ao ano por três anos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A análise considera apenas as empresas com dez funcionários ou mais e os dados são de 2011. “A exclusão das empresas com até nove pessoas assalariadas evita distorções nas taxas de crescimento, pois pequenas variações absolutas no pessoal assalariado podem ocasionar grandes variações relativas”, informou o instituto de pesquisa.

Em 2011, havia 34.528 empresas de alto crescimento, que ocupavam 5 milhões de pessoas. Elas representavam 0,8% do número total e 7,7% entre aquelas com dez ou mais pessoas assalariadas.

Dos 3,2 milhões de funcionários a mais entre 2008 e 2011, quatro atividades foram responsáveis por 74% das pessoas: a indústria de transformação (23,2%), a construção (18%), as atividades administrativas e serviços complementares (17%) e o comércio, reparação de veículos automotores e
motocicletas (16%).

PERFIL

Apesar de empregarem mais, pagam menos. Na comparação com outras empresas do mesmo porte, o salário médio delas é 6,1% inferior, em R$ 1.638,71.

Além disso, têm uma proporção maior de homens: são 67% ante os 63% da totalidade das empresas.

Por nível de escolaridade, ocupavam 90,1% de funcionários sem nível superior e 9,9% com nível superior, patamar semelhante ao do total das empresas (90% e 10%, respectivamente).

A diferença salarial entre homens e mulheres era de 22,9%.

De acordo com o IBGE, a taxa média das empresas de alto crescimento (7,7%) varia de acordo com a atividade econômica. As maiores foram registradas na construção (12,7%), atividades administrativas e serviços complementares (11,7%) e em atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (11,3%).

Já as menores taxas ocorreram em alojamento e alimentação (4%), artes, cultura e recreação (5,8%) e eletricidade e gás (5,9%).

Fonte: Folha de São Paulo

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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