Integrante da BDM que matou jovem em lan house é responsável por outros três homicídios

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Apontado pela polícia como autor do homicídio do jovem Samuel Felipe Pereira, 21 anos, em uma lan house no bairro de Águas Claras, Waldehei emerson Silva Matos, conhecido como Caverna, 22, é integrante da facção criminosa Bonde Do Maluco (BDM). Além da morte de Samuel, Caverna também é investigado por outros três assassinatos na região, nos últimos três meses.

Ele foi preso em flagrante no domingo (4), durante uma operação da Rondesp/Central, na localidade conhecida como Labirinto, também em Águas Claras. Com Caverna, foram apreendidos um revolver calibre 38 com três balas e 47 pinos de cocaína. Segundo o delegado Marcelo Sansão, ele atuava na comercialização da droga, na segurança dos pontos de tráfico e em casos de execução.

Durante a apresentação do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) na manhã desta terça-feira (6), Caverna negou o envolvimento com a BDM e nos outros três homicídios dos quais é acusado.

Ele assumiu a morte de Samuel e afirmou que o jovem seria integrante da facção Katiara. “Se eu não matasse ele, ele ia me matar”. De acordo com as investigações da polícia, Samuel não tinha qualquer envolvimento com o crime. A real motivação da morte seria o irmão de Samuel, que a polícia confirma ser integrante da Katiara.

Caveira contou que também conhecia o adolescente Franklin Silva Santos, 17, morto dois dias após Samuel, no bairro da Caixa D’água. “Ele não tinha nenhum envolvimento com o tráfico. Foi o pessoal da Katiara que matou ele, porque é isso que eles fazem; matar inocente”.

Entenda as facções

O major PM Agnaldo Ceita explica que as facções dominam determinadas regiões e disputam entre si pelo controle da localidade. “Acontece de um grupo entrar na área do outro e haver um confronto na tentativa de dominar o tráfico naquela localidade. São grupos que estão distribuídos em diversos locais de Salvador, não é só em Águas Claras”.

De acordo com o delegado Sansão, o depoimento de Caverna trouxe informações valiosas sobre a dinâmica do tráfico na região. “Quanto mais alta é a posição que a pessoa ocupa na hierarquia do tráfico, mais informações ela traz para gente. Na maioria das vezes, é da facção rival”.

O delegado ressalta que a região de Águas Claras tem sido alvo de um trabalho contínuo tanto da Polícia Civil, como da Polícia Militar, para diminuir o número de mortes. “A situação da guerra fugiu ao limite dos envolvidos, e começa a atingir inocentes”, afirmou.

Fonte: Correio 24h

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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