Sindimed faz alerta sobre suspensão de captação de órgãos
Médicos da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos reclamam de condições precárias de trabalho. A situação foi levada ao Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), que divulgou, nesta quarta-feira, 13, alerta sobre o caso.
“Temos só um computador que não funciona direito. Já teve caso até de falta de gelo para manutenção dos órgãos”, contou um profissional, sem se identificar. Ele disse que potenciais doadores mantidos por aparelhos são perdidos por conta da demora para finalizar o processo para captação dos órgãos. A central atende também no HGE, em Brotas.
Segundo o Sindimed, os médicos da central planejam greve, caso a situação não seja modificada em 15 dias. Sobre o corte do adicional de insalubridade, o sindicato informou que, para esses profissionais, ela é prevista em lei, por “atenderem diretamente os pacientes e supervisionarem o protocolo de morte encefálica, para manutenção de potenciais doadores”.
Sesab
Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informa que: “A Central de Transplantes foi fundada em 1990 e funciona no Complexo Hospitalar César de Araújo, no bairro do Pau Miúdo, em Salvador, em regime ininterrupto de 24 horas, todos os dias do ano.
No que se refere à equipe, a central é composta por 31 profissionais entre enfermeiros, médicos, assistentes sociais e demais profissionais administrativos. Além disso, 11 médicos atuam na Organização de Procura de Órgãos (OPO).
Quanto à insalubridade, ressaltamos que ocorrem reuniões periódicas com as entidades de classe e destacamos ainda que os servidores que considerarem que executam atividades ou operações insalubres devem se dirigir ao setor de Recursos humanos da sua unidade, a fim de que seja encaminhado o processo para a reavaliação da Junta Médica do Estado, que é o órgão competente para tal concessão, inclusive com efeito retroativo”.
Fonte: A Tarde
