Educadores são capacitados para formar novos alfabetizadores

Educar para Transformar

Multiplicar o conhecimento e formar novos educadores alfabetizadores. Com essa missão, 75 formadores e supervisores da educação no interior baiano e em Salvador participaram de um curso no decorrer da semana. Até o fim da tarde desta sexta-feira (8), eles ficaram reunidos no Instituto Anísio Teixeira (IAT), na capital, para debates e trocas de experiências com o foco na melhoria da educação no estado, como iniciativa do Programa Educar para Transformar e do Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa (Pnaic).

Os profissionais discutiram desde fundamentos teóricos até atividades práticas e organização do planejamento para otimizar o processo de alfabetização no estado. Esses educadores tratam diretamente com as equipes municipais que, pode sua vez, orientam os professores da educação básica. Segundo a coordenadora de apoio à Educação Municipal da Secretaria da Educação do Estado, Nadja Amado, esse contato aproxima as iniciativas estaduais e integra a educação baiana. “Esse processo formativo prepara os profissionais para uma atuação mais qualificada junto com [as equipes] das redes municipais […]. Isso permite um diálogo cada vez maior com o professor no processo de orientação e na mediação da alfabetização das crianças”, diz a coordenadora.

Educar para Transformar

Já o coordenador regional de Vitória da Conquista, professor Paulo Marinho, afirma ser esta uma oportunidade de buscar fundamentos teóricos e metodológicos para que as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos de idade. “Aprendemos aqui e voltamos às nossas cidades para fazer a integração com o município, [envolvendo] todos os sujeitos que trabalham com educação. […] Nosso interesse não é fazer ‘para’, mas fazer ‘com’ os profissionais do município o processo de educação”.

Alfabetização até os 8 anos

Para que as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos de idade, o processo de aprendizagem e domínio da leitura e escrita foi dividido em três ciclos. Durante três anos, entre os 6 e 8 anos, a criança aprende cada uma das competências. Passo a passo, acompanhadas de perto pelos professores, elas conseguem desenvolver a habilidade. Segundo a professora do 2º ciclo, Sandra Regina Santos, essa forma de alfabetização permite que todas as crianças sejam assistidas, uma vez o desenvolvimento delas não é por igual.

“Esse ciclo nos ajuda a compreender que a alfabetização é um processo e não acontece em um só momento. Alguns conseguem ler e escrever, já no final do 1º ano, e, ao longo de mais tempo, conseguimos sanar possíveis deficiências. Para nós professores, é muito especial ensinar nessa faixa etária, é muito gratificante quando a gente percebe a evolução das crianças, é uma marca na vida deles e na nossa também”, explicou a professora.

Participação das famílias

Além das estratégias junto aos profissionais da educação, o Governo do Estado, através do programa Educar para Transformar, incentiva a participação dos pais e familiares na vida escolar das crianças. Um exemplo é Diego de Oliveira, 9 anos, do Colégio Estadual Vale dos Lagos, em São Marcos, um dos alunos da professora Sandra Regina.

A criança é acompanhada de perto pela mãe, a dona de casa Joseni Batista Santos, que frequenta o colégio e costuma falar com os professores dos filhos. Segundo ela, “não é só a escola que deve educar. A educação começa em casa e, por isso, em casa eu leio as lições, corrijo, cobro e fico feliz em vê-lo avançando, em ver meu filho na rua lendo os [letreiros dos] ônibus que passam, e [os rótulos] das coisas que compro, em casa. Quero que ele tenha a melhor educação que puder”.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social – Governo da Bahia – Fotos: Amanda Oliveira/GOVBA

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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