Aécio em Salvador é vacina anti-Alckmin

Aécio Neves está circulando o Brasil para dizer que está aí, e ontem foi a vez de Salvador. Aproveita o recall da campanha do ano passado para marcar posição e tentar desta forma se firmar dentro do PSDB como a alternativa presidencial irreversível para 2018.

Entenda: ele enfrenta, no partido, a turma de São Paulo, que quer emplacar o governador Geraldo Alckmin.

Assim o é que Aécio defende o impeachment de Dilma e já chegou até a articular o que seria, para ele, o cenário ideal, a cassação no TSE, o que implicaria a derrubada também do vice, Michel Temer, e forçaria a Justiça a convocar novas eleições em 90 dias.

Alckmin, ao contrário, não quer nem o impeachment nem a cassação de Dilma. Quer deixá-la, junto com o PT, penando, convicto que está no fim do ciclo petista no poder. Aí, a briga dele seria interna, só com Aécio.

A estratégia de Aécio na Bahia inclui também visitas a pontos distintos do estado, como Barreiras e Itabuna, por exemplo. O estado é a porta de entrada do Nordeste, onde ele conta com ACM Neto, o principal líder da oposição por aqui.

O jogo é esse, nada mais que esse. Até porque, politicamente, ele nada falou de novo. Disse que Dilma mentiu em 2014.
Ora bolas, isso até Lula já disse.

Já ganhou — Aliás, não é só Aécio que está confiante em 2018. Os oposicionistas baianos também. Todos acham que a volta ao poder na próxima eleição é favas contadas.

Pegando leve — Mais uma vez Aécio pegou leve com Eduardo Cunha. Abordado, ele tratou o assunto com cautela.
Disse que a aliança com Cunha foi feita ‘à luz do dia’, com a entrega de cargos e espaços nas comissões da Câmara.
– Agora, as denúncias são muito graves. Ele vai se defender e vamos votar com as provas, na Comissão de Ética e no plenário.

Fonte: Coluna Tempo Presente/A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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