Dilma diz ser contra políticas que reduzem crescimento para combater inflação

A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira não concordar com políticas que reduzem o crescimento para combater a inflação. A declaração foi feita em reunião dos Brics (grupo de países emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

A presidente afirmou também que é contra “esse receituário que quer matar o paciente para acabar com a doença”. A declaração, feita na África do Sul, ocorre a um dia da divulgação do relatório de inflação –o mercado espera o documento para confirmar quando o Banco Central irá aumentar os juros.

As apostas de elevação da taxa básica de juros –a Selic– refletidas na curva de juros foram reduzidas depois da declaração da presidente. As taxas futuras negociadas na BM&FBovespa, que já caíam desde a abertura, intensificaram o movimento de baixa.

Às 12h40 (horário de Brasília), o contrato futuro de DI (Depósito Interfinanceiro) com vencimento em julho de 2013 projetava taxa de 7,13%. O DI para janeiro de 2014 marcava 7,73%. O contrato com vencimento em janeiro de 2015 marcava 8,45% e o contrato para janeiro de 2017 registrava 9,28%.

Nesta manhã, a inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) teve alta de 0,21% em março. O resultado, no entanto, mostra uma desaceleração frente a alta de 0,29% vista em fevereiro, o que contribuiu para a redução das taxas de juros futuros, assim como o pessimismo nas Bolsas externas.

Fonte: Folha de São Paulo

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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