PT admite erros, mas só no lado estratégico

No Congresso do PT ontem, a tônica era a de que o partido cometeu erros. Não foram discutidos erros éticos, mas estratégicos. O principal deles, o de perder a oportunidade de protagonizar a reforma política quando ostentava altos índices de popularidade.

O primeiro a dar o tom ao debate foi o governador Rui Costa. Ele criticou a reforma política em discussão no Congresso, principalmente no que diz respeito ao financiamento de campanhas.

Pelo que está votado até agora as empresas poderão fazer doações, não mais aos candidatos, mas aos partidos. O deputado Sibá Machado (AC), presente ao encontro, disse que o PT irá à justiça para questionar a manobra feita pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ, presidente da Câmara, que produziu esse resultado.

O financiamento público, como queria o PT, foi derrotado, e se o partido obtiver sucesso, no máximo fica tudo como está.

Em suma, os petistas avaliam que o modelo de financiamento brasileiro é a raiz de todos os males. E de fato é quase isso. O modelo é corrupto pela própria natureza, vá lá. Mas faltou a noção de limite.

Ausência notada — Até o final da manhã de ontem, o senador Walter Pinheiro não tinha dado as caras no Congresso do PT. Não foi e nem deu satisfações, motivo de intensos cochichos entre os confrades.

Fonte: Coluna Tempo Presente/Jornal A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

Menu de Topo