2 de Julho sem estar no pé do caboclo só hoje. Coisas da Covid

Se é que a democracia é o melhor caminho para a harmonização da convivência social, com a diminuição das desigualdades e o pleno respeito pela diversidade de pensar, de credo e congêneres, convenhamos, quem conhece o 2 de Julho de perto vê um embrião disso.

Dizem que é a mais popular das nossas festas cívicas. O fato é que o povo mergulha nela de corpo inteiro e alma lavada, externando os seus pontos de vista seja lá qual for a opção de gênero, credo e ideologia, todos recebendo algumas palmas e muitas vaias, com o tempero de bandas e fanfarras, tudo aos pés do caboclo.

Online — Esse é o grande charme da festa, e é óbvio que não é um vírus que vai matar algo de tão bom, apenas tira essa banda de cena. Por isso hoje é um dia histórico no histórico das celebrações do 2 de Julho.

É evidente que a data terá as reverências à altura da sua importância, mas com as recomendações que a situação requer, solenidades oficiais restritas e muitas rememorações via online. A missa do Te Deum, sempre celebrada na véspera na Igreja do Rosário, em Cachoeira, abrindo oficialmente as comemorações, assim já foi ontem.

Hoje, a Academia de Ciências da Bahia, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), o patrono da festa, a Fundação Gregório de Mattos e faculdades avulsas farão vasta programação online, também como nunca visto. Coisas da Covid-19, que atingiu em cheio toda a cadeia de cultura popular.

 

Fonte: Coluna de Levi Vasconcelos\A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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