Pesquisa conclui que gays e lésbicas têm menor oportunidade de trabalho

Pequisa conduzida pela Universidade Anglia Ruskin, do Reino Unido, mostra que os gays que revelam sua orientação sexual quando se candidatam para uma vaga têm 40% menos chance de ser chamados para a entrevista de emprego do que aqueles que não definiram sua sexualidade. O resultado do trabalho do dr. Nick Drydakis foi publicado na última edição do “International Journal of Manpower”.
A pesquisa foi realizada usando-se quatro candidatos fictícios, dois homens e duas mulheres, todos solteiros na casa dos 30 anos. Eles se candidataram a posições anunciadas em seis sites de emprego em Chipre (Grécia), em variados ambientes de trabalho – escritórios, empresas, cafés, restaurantes e lojas. Em conjunto, eles enviaram 9.062 currículos, que continham qualificações profissionais e níveis de experiência quase idênticos. A diferença entre os candidatos estava na seção “interesses” – um deles colocou em seu currículo que tinha sido voluntário em uma instituição beneficente ambiental, enquanto o outro declarou que havia sido membro-voluntário da Associação Homossexual cipriota.

Esse dado, atestou o dr. Drydakis, fez toda a diferença para os candidatos do sexo masculino. O primeiro recebeu 39% mais convites para uma entrevista de emprego do que o segundo. Com relação à oferta de salário, os supostos heterossexuais receberam ofertas 9,2% mais altas que os candidatos declaradamente homossexuais.

No cenário das candidatas mulheres aconteceu fenômeno semelhante. A probabilidade de uma oferta de entrevista para as lésbicas foi 42,7% menor em comparação com as mulheres heterossexuais. Além disso, as candidatas lésbicas foram chamadas para entrevistas por empresas que pagam salários 5,8% menores, em média, do que os pagos pelas empresas que contataram as candidatas heterossexuais. 

“O processo de contratação é talvez a parte mais importante da relação de trabalho, mas é a menos compreendida”, disse Drydakis, professor de economia na Anglia Ruskin University. “O que está claro é que as pessoas que enfrentam tratamento preconceituoso no processo de contratação devem gastar mais tempo e recursos para encontrar emprego, e ao mesmo tempo as empresas estão perdendo potenciais talentos como resultado da contratação tendenciosa.”

Fonte: iG

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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