Defesa de Lula denuncia ‘cooperação ilícita’ entre Brasil e EUA durante Lava Jato

Os termos foram usados pelo então vice-procurador-geral do Departamento de Justiça dos EUA, Kenneth Blanco, durante evento “Lessons from Brazil: Fighting Corruption Amid Political Turmoil” (Lições do Brasil: combater a corrupção em meio à turbulência política), realizado em julho de 2017 e promovido pelo Jota e pela Atlantic Council. Rodrigo Janot também era um dos convidados.

“Dado o relacionamento íntimo entre o Departamento de Justiça e os promotores brasileiros, não dependemos apenas de procedimentos oficiais como tratados de assistência jurídica mútua, que geralmente levam tempo e recursos consideráveis para serem escritos, traduzidos, transmitidos oficialmente e respondidos. No começo de uma investigação, um promotor, ou um agente de uma unidade financeira de um país, pode ligar para seu parceiro estrangeiro e pedir informação financeira, por exemplo, minhas contas bancárias”, disse Blanco, conforme citado pelo Estadão.

Os advogados de Lula usam a denúncia para descredibilizar a atuação da justiça na Lava Jato e anular o julgamento do caso “triplex no Guarujá”. De acordo com a defesa, ignorar os procedimentos oficiais e conceder acesso às provas da Operação sem registro formal “se mostra incompatível com o Decreto nº 3.810/2001”, que incorporou o Acordo de Assistência Judiciária em Matéria Penal entre os EUA e o Brasil.

 

Fonte: Sputnik

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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