Quem será o misterioso economista de Bolsonaro?

Próximo de assumir a presidência, o então vice-presidente Michel Temer angariou apoios ao impeachment de Dilma Rousseff com a promessa de montar um time de “notáveis” para seus ministérios.

Sabe-se, hoje, que não passava de bravata. A exceção foi o time do Ministério da Fazenda, comandada por Henrique Meirelles.

O mesmo tenta fazer em sua pré-campanha à Presidência da República o deputado Jair Bolsonaro.

Garante aos simpatizantes que não se submeterá aos fisiologismos da distribuição de cargos e dará posse a especialistas de alta classe nas pastas da Esplanada.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira o deputado deve revelar quem é o misterioso e supostamente prestigiado economista por trás de sua tentativa de sinalizar ao mercado.

Será ele (ou ela) o responsável pela guinada ao liberalismo que Bolsonaro precisa para desfazer a imagem de nacionalista e dar alguma certeza segurança de que não fará loucuras na economia.

O primeiro sinal consistente foi a carta aberta divulgada pelo deputado pregando a independência do Banco Central, meio para que o Brasil tenha “juros baixos de forma sustentável e estruturada”.

O plano inclui viagens a Hong Kong, Coreia do Sul e Japão para ampliar o repertório em países que se desenvolveram rapidamente.

Em outubro ele esteve nos Estados Unidos, onde se reuniu com membros do Partido Republicano para montar uma estratégia a la Donald Trump.

Dias antes da carta, contudo, Bolsonaro mostrou que desconhecia o conceito de tripé macroeconômico em entrevista à RedeTV!, o que mostra que, de fato, economia nunca foi prioridade em seus 26 anos de Congresso.

O fato de ter votado contra o Plano Real, considerado um dos mais bem sucedidos do setor econômico, e contra o fim do monopólio do petróleo não contribuem para a nova imagem de liberal. Agora, é ver se o nome a ser anunciado convence.

 

Fonte: Exame

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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