4G tem crescimento recorde no país em abril
O mercado brasileiro de Serviço Móvel Pessoal (SMP) fechou abril praticamente estável na comparação com março, de acordo com dados divulgados pela Anatel nesta terça-feira, 20.
O destaque novamente vai para o mercado de 4G, que mostrou crescimento líquido mensal recorde.
Por outro lado, os acessos de terceira geração não compensaram as desconexões da base 2G no período, e a base de terminais de dados observou a maior queda desde 2012.
Um ano após o lançamento comercial das redes LTE no país, as operadoras registraram em abril o maior crescimento líquido até então, com 416,7 mil novos acessos (crescimento de 16,71% em relação a março).
Isso aconteceu porque Vivo (114,8 mil), TIM (96,7 mil) e Oi (28,1 mil) mantiveram a consistência de crescimento dos meses anteriores e a Claro adicionou 177 mil linhas de quarta geração no período, um aumento mensal de 35,55%.
Com isso, a empresa cresceu 4,6 pontos percentuais em participação, mas ainda manteve a terceira posição com 20% de share.
Agora o Brasil possui 2,494 milhões de terminais LTE, o que representa ainda menos de 1% do total da base nacional de telefonia celular.
A líder do mercado ainda é a Vivo, que deverá ser a primeira a alcançar 1 milhão de conexões em maio, já que registrou em abril 972,7 mil acessos.
TIM (772,4 mil), Claro (497,9 mil) e Oi (250,8 mil) aparecem nesa ordem em seguida. Cabe lembrar que esses números se referem a aparelhos 4G em serviço no Brasil.
Contudo, não necessariamente os donos desses terminais possuem planos de dados que dão acesso às redes LTE ou se encontram em cidades que tenham cobertura dessa tecnologia.
Banda larga móvel
Durante o mesmo período, foram menos adições líquidas do 3G (3,652 milhões) do que o registrado entre fevereiro e março.
Apenas a TIM ultrapassou a marca de 1 milhão de adições (1,114 milhão), embora a Vivo tenha se aproximado com 999,2 mil. Eram 109,054 milhões de acessos de terceira geração ao fim de abril no País.
O mercado de banda larga móvel, por sua vez, totalizou 118,414 milhões de acessos em abril, ou 43,28% do total de conexões no País, somando 3G, 4G (LTE) e terminais de dados.
O crescimento líquido mensal foi de 3,998 milhões de acessos. Considerando apenas os handsets 3G e 4G, foram 4,068 milhões de adições líquidas entre março e abril.
Assim, o total no mercado brasileiro de handsets com banda larga (não necessariamente smarpthones) foi de 111,548 milhões de linhas.
Queda
No 2G, TIM, Vivo e Claro perderam mais de 1 milhão de acessos cada. Na Oi, foram 703,6 mil desconexões. Ao todo, o mercado encolheu 4,137 milhões de conexões de segunda geração. No total ainda há 146,360 milhões de acessos GSM.
A base de modems e tablets teve a maior queda registrada desde 2012: 70,7 mil desconexões entre março e abril. A Claro sozinha perdeu mais acessos (29,7 mil) do que TIM e Vivo juntas (15,6 mil e 12,3 mil, respectivamente).
A Oi, por sua vez, registrou 17 mil desconexões. A Nextel continuou na tendência de mostrar cada vez menos adições líquidas: 3,9 mil, contra 9,3 mil em março. Ao todo, em abril, o mercado possuía 6,886 milhões de acessos de terminais de dados.
M2M
O mercado de comunicação máquina-a-máquina (M2M) seguiu o ritmo normal (154,7 mil adições) dos últimos meses, ainda sem as consequências da regulamentação da desoneração do Fistel, efetivada no início de maio.
Destaca-se a Claro, que obteve mais adições líquidas (62,4 mil) do que nos meses anteriores.
Entretanto, mesmo adicionando menos linhas M2M do que nos últimos seis meses, a Vivo ainda foi a que mais cresceu: 78,2 mil. No total, o país conta com 8,823 milhões de conexões M2M.
Total geral
O Brasil registrou de março a abril apenas 15.491 adições líquidas, um dos menores crescimentos registrados pela Anatel em toda a história. Isso porque no período houve mais desconexões 2G do que de terceira geração e LTE juntos.
No total, o país fechou abril com 273,598 milhões de acessos móveis.
Fonte: Exame