Suspeitos de participar de morte de pastora são apresentados

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Dois dos três suspeitos de terem participado do assassinato a pedradas da pastora Marcilene Oliveira Sampaio e da prima dela, Ana Cristina Santos Sampaio, relataram detalhes do crime em entrevista para a imprensa local, na manhã desta quinta-feira, 21. O caso aconteceu em Vitória da Conquista, sudoeste baiano, na noite da última terça-feira, 19. Os dois foram apresentados pela polícia na delegacia da cidade.

Fábio de Jesus Santos, 34, e Adriano dos Santos, 36, foram reconhecidos pelo marido de Marcilene, o também pastor Carlos Eduardo de Souza, 50, outro que foi espancado, mas que conseguiu fugir. Em entrevista para o site Blog do Anderson, eles salientaram que o mandante do crime foi o pastor evangélico Edmar dos Santos Brito, que segue foragido da polícia.

“Edmar falou que era para dar um susto no Eduardo e a gente foi. Abordamos o pessoal e quando chegamos lá Edmar mudou a história e disse que não podia deixar testemunha para não complicar ele depois. Que tinha de matar a mulher”, disse Adriano.

Os dois reforçaram que a motivação do crime foi por vingança, após uma briga entre o casal e Edmar. Eles eram pastores da mesma igreja que o suposto autor do crime, mas decidiram sair para abrir a própria congregação, levando consigo a maior parte dos fiéis.

Premeditado

Segundo Fábio, quem arquitetou o crime teria sido o próprio Edmar. “Ele sabia tudo: onde era a igreja dela, por onda andaria. Aí fomos para uma rua antes da igreja e esperou eles saírem”, disse o acusado. O grupo teria perseguido o carro com as três vítimas até a estrada que liga Conquista a Barra do Choça, onde o veículo de Eduardo quebrou. Os três, então, aproveitaram para agir.

Fábio alegou não ter tocado nas vítimas, e que o autor das pedradas teria sido o próprio Edmar. “Ele deixou elas deitadas no chão e passou mão na cabeça delas. Daí saiu à procura de uma pedra. Achou uma pedra de construção e pediu que eu atirasse primeiro”, contou o acusado.

“Eu falei que não ia matar ninguém e ele disse que tinha de matar. Pegou a pedra e começou a bater em uma”, continuou Fábio. “Aí depois que matou uma ele disse que eu podia atirar nele se quisesse e começou a bater na outra”, completou.

Segundo Adriano, as vítimas não regiram em momento algum. “Elas não esboçaram reação alguma. Só deitaram e pediram por Deus”, disse.

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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