Setor de eletro aposta nos produtos smart na Bahia

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Termômetro da confiança do varejo, o setor de eletroeletrônicos está decidido a arregaçar as mangas e aproveitar o momento de leve retomada das expectativas econômicas para recuperar um pouco o ritmo de vendas, mesmo com o consumidor tentando manter o pé no freio na hora das compras.
Na Bahia, onde o mercado de smartphones e smart TVs ainda se mantém em expansão, as grandes lojas do ramo traçam estratégias centradas nestes produtos para tentar reduzir os estoques e carimbar um desempenho para este Natal que supere as projeções de vendas ainda moderadas para o fim de ano.  
Uma das estratégias é juntar o forte atrativo da alta tecnologia ao apelo afetivo das pessoas mais queridas da família para, por exemplo, vender smartphones para o público infanto-juvenil. Esta será, por exemplo, uma das armas das lojas Magazine Luiza que está confiante numa melhora das vendas em relação ao ano passado. 
“Estamos atentos ao novo perfil de consumidor que busca agora gastar bem o dinheiro escasso no país e, nesse novo momento, somente produtos que unam alta tecnologia e possibilidade de amplo uso da internet, representando pouco custo no orçamento, são os que têm seduzido o brasileiro, sobretudo, o povo nordestino”, explica o gerente regional de operações da Magazine Luiza para o Nordeste, César Martins. 
Pé no acelerador
O executivo acredita que o brasileiro já começa a ter consciência que a fase pior da crise já passou, um período que, segundo ele, trouxe lições também para o setor de eletroeletrônicos. “No caso da Magazine Luiza, fizemos um bom dever de casa: passamos a cuidar dos mínimos detalhes da empresa e hoje já somos craques na tática em fazer mais com pouco”, conta Martins. Segundo ele, a loja está apostando na recuperação da economia, cessou a fase de demissões e até já voltou a contratar, “inclusive na Bahia”, como informou, evitando citar números. 
Sobre os planos para 2017, Martins resumiu: “Estamos em ritmo gradual de retomada das expectativas, mas não pretendemos tirar o pé do acelerador”, completou. Em todo o Nordeste, são 186 lojas do Magazine Luiza, 60 delas na Bahia. 
Na rede baiana Lojas Guaibim, o apelo afetivo dos consumidores volta-se também para o público infanto-juvenil, mas mantendo as estratégias tradicionais do setor focadas nos presentes para as mães e avós. Mais: para tentar o consumidor que entrar na loja em dúvida, a comodidade.
“Nossa intenção é manter as lojas abastecidas com vários produtos que o cliente possa comprar e levar na hora, como celulares, lavadoras, fogões, camas, eletroportáteis”, diz o empresário Márcio Queiroz, sócio-proprietário das Lojas Guaibim. Em todo o estado, são  cerca de 40 lojas da rede. 
O grupo baiano  também está otimista e, contrariando as expectativas do mercado, espera um crescimento de 5% em relação às vendas de Natal do ano passado.
“Temos que manter a confiança sempre, acreditado na recuperação da economia brasileira e na retomada do poder de compra”, afirma Queiroz. 
Confiantes, as Lojas Guaibim também querem fazer a diferença junto à  concorrência com as grandes redes nacionais, e até está inaugurando  este mês uma nova loja, mais ampla, no primeiro piso do Shopping da Bahia, em Salvador.  O grupo acaba de inaugurar também uma  loja no interior, em Itabuna – num sinal de que a rede parece mesmo não se intimidar com as projeções ainda tímidas do  mercado para o Natal. 
Promoções continuam
Aliadas às ofertas dos produtos “smart”, as promoções vão continuar tocando a disputa pelo consumidor no ramo. As lojas não fizeram grandes encomendas, mas não querem perder a oportunidade para renovar os estoques. Este mês, Magazine Luiza e Lojas Guaibim antecipam ofertas, assim como outras grandes redes, como Casas Bahia, do Grupo Via Varejo,  e as lojas Insinuante e Ricardo Eletro, do Grupo Máquina de Vendas.
Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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