Representantes dos agentes comunitários de saúde e agentes de endemias discutem com administração municipal alternativas para evitar greve
Em reunião realizada na manhã de hoje na Prefeitura de Alagoinhas, representantes dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de endemias, acompanhados do vereador Radiovaldo Costa (PT), discutiram com o prefeito Paulo Cezar, secretários de Saúde, Reginaldo Paiva, de Governo, José Edésio, e com o advogado Ricardo Marcolin, procurador-geral do município, alternativas para atender às reivindicações dos trabalhadores e evitar a greve prevista para o decorrer desta semana.
Os agentes querem que a administração municipal pague o piso salarial determinado pelo governo federal, que é de R$ 1.014,00. O vereador Radiovaldo Costa propôs aos gestores municipais a criação de um abono de 10% sobre o salário, garantindo assim ganhos aos trabalhadores. “A administração alega que sem os repasses do Ministério da Saúde não tem como pagar o piso”, informou Costa, acrescentando que “a proposta apresentada contempla de alguma forma os agentes e não onera a folha salarial, visto que sobre o abono não incidirá 21% de INSS e nem os 40% das gratificações”.
Ele acredita que na assembleia de quarta-feira pela manhã na Câmara de Vereadores os agentes aprovarão a proposta, que tem a concordância da administração municipal. “Os representantes dos agentes entenderam que a proposta é um avanço e percebi boa receptividade da parte deles”, pontuou o vereador.
Na última sexta-feira, os agentes realizaram assembleia na porta principal da prefeitura e deliberaram por esperar até amanhã o envio do projeto lei que contemple suas demandas, sendo a principal delas o piso nacional. Após a reunião de hoje, ficou acertado que o projeto de lei do abono será apreciado pelos vereadores na sessão ordinária de quinta-feira (16), se antes, na quarta-feira, os agentes aprovarem em assembleia a proposta apresentada ao governo municipal na manhã de hoje.
Atualmente, os agentes comunitários de saúde e os agentes de endemias recebem salários de R$854,00.
Chikungunya
Com um caso registrado de chikungunya e para evitar que o problema ganhe grande dimensão, a exemplo do que aconteceu em Feira de Santana, o trabalho dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de endemias ganha ainda mais importância na proteção da população de Alagoinhas.
A greve, direito inalienável do trabalhador, ganharia neste momento contornos de uma grave crise de saúde pública, com reflexos por toda a cidade, em razão da paralisação do trabalho de combate ao mosquito que transmite a doença.