Redes e ofurôs são implantados em UTI Neonatal do Hospital Teresa de Lisieux
Vivian nasceu de seis meses, pesando apenas 790 gramas. Após 44 dias do seu nascimento, ela já ganhou 430 gramas, e para alívio da mamãe Viviane Santos, 28 anos, logo-logo receberá alta. Internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Teresa de Lisieux (HTL), ela aguarda apenas aprender a sugar e ganhar um pouco mais peso para ter alta.
A pequena recém-nascida é uma das pacientes inseridas no programa multidisciplinar adotado há poucos meses pelo Hospital Teresa de Lisieux, que inclui a utilização de redes e ofurô no tratamento dos prematuros extremos (nascidos com até 31 semanas ou cerca de seis meses e meio de gestação). Inspirada num costume bem brasileiro, a técnica das redinhas proporciona aos bebês o aconchego da vida uterina, permitindo que eles se posicionem de maneira semelhante à que ficavam na barriga da mãe.
O tratamento objetiva a organização postural e o estimulo vestibular, responsável pela percepção corporal e orientação sensorial, é o que explica Leila Vasques, fisioterapeuta do Hapvida. Outro tratamento que vem sendo utilizado pela equipe do HTL, é o ofurô: banho no balde, com água em temperatura média de 36°, que imita o ambiente uterino e contém o movimento da criança, fazendo com que ela se acalme. Utilizada nos bebês com 1kg ou mais, a técnica que tem como principal objetivo acelerar o ganho de peso. “Os prematuros normalmente são muitos agitados e essa agitação dificulta o ganho de peso deles, por isso é importante que eles fiquem calmos”, diz a especialista.
“Não conhecia esse tipo de tratamento, mas estou gostando muito, vendo os resultados e acompanhando a evolução da minha filha. Agora falta pouco, já-já ela atingirá o peso para ter alta”, comemora Viviane Santos, mãe da pequena Vivian. Nosso propósito é que assim como Vivian, o uso das novas técnicas reduza o tempo de permanecia destes prematuros na unidade neonatal, diz a fisioterapeuta.
Fonte: Correio da Bahia