Lucro do Banco do Brasil fica estável no 3º trimestre, em R$ 2,7 bilhões
Maior banco brasileiro e participante da política do governo de redução dos juros ao consumidor, o Banco do Brasil teve lucro líquido de R$ 2,70 bilhões no terceiro trimestre, praticamente o mesmo valor visto um ano antes, de R$ 2,73 bilhões.
O número, no entanto, corresponde a menos da metade do recorde registrado no trimestre anterior, de quase R$ 7,5 bilhões, que foi inflado pela captação com a oferta de ações da BB Seguridade.
Excluindo efeitos não recorrentes, o lucro líquido ajustado do Banco do Brasil foi de R$ 2,6 bilhões no terceiro trimestre deste ano, 1,8% menor que o ganho do mesmo período de 2012 (R$ 2,66 bilhões).
No acumulado dos nove primeiros meses de 2013, porém, o lucro líquido do BB foi mais uma vez recorde, somando R$ 12,7 bilhões. O banco havia reportado ganho de R$ 8,2 bilhões em igual período do ano passado.
Apesar do lucro praticamente estável do BB na comparação anual, houve expansão de 22,5% nos financiamentos, totalizando R$ 652,3 bilhões ao final de setembro deste ano –o correspondente a 20,7% do mercado de crédito nacional–, à frente de Bradesco (R$ 412,56 bilhões), Santander (R$ 272,8 bilhões) e Itaú (R$ 481,02 bilhões).
O banco manteve a estratégia de aumentar o crédito de menor risco, como consignado, CDC (Crédito Direto ao Consumidor), financiamento de veículos e crédito imobiliário.
Esse perfil de crédito correspondeu por 74,9% da carteira orgânica do BB, formada por operações com clientes pessoa física, que finalizou setembro com saldo de R$ 130 bilhões, crescimento de 3,4% no trimestre e de 20,4% em 12 meses.
CALOTES
A inadimplência acima de 90 dias do banco encerrou setembro em 1,97%, número maior que o 1,87% visto ao final do segundo trimestre, quando o BB registrou sua menor taxa de inadimplência dos últimos 11 anos. Na comparação anual, porém, houve queda de 0,22 ponto percentual.
Sem contar o Banco Votorantim, especializado no financiamento de carros usados, a inadimplência do BB ficou em 1,78% no final de setembro.
Com a inadimplência maior, o BB elevou as despesas com provisões para calote em 4% na comparação anual, para R$ 3,915 bilhões. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, houve queda de 7,2%.
O BB informou que promoveu uma revisão da metodologia de riscos no terceiro trimestre, com base no risco do cliente, nas garantias atreladas, no prazo da operação e na relação entre endividamento e capacidade de pagamento do tomador de crédito.
“Essa revisão resultou na melhora de risco de parte das operações com clientes e propiciou a reversão de despesa de PCLD (provisões para créditos de liquidação duvidosa) no trimestre”, destacou o banco em seu balanço.
Fonte: Folha de São Paulo