Cunhada de vítima de estupro relata dia de terror em parque
A circulação de pessoas durante a manhã nas trilhas do Parque São Bartolomeu – no Subúrbio Ferroviário -, não impediu que uma jovem de 19 anos fosse atacada. A vítima ficou em estado de choque e ainda não há confirmação se houve conjunção carnal, mas a violência já é caracterizada como estupro, conforme a lei.
Ela estava no local, por volta das 6h40 desta quarta-feira, 27, fazendo atividades físicas junto com a cunhada, quando foi abordada por um criminoso, imobilizada pelo pescoço e obrigada a entrar na mata.
A cunhada aproveitou a distração do suspeito e saiu correndo para pedir ajuda. Quando retornou cinco minutos depois, com dois seguranças do parque, ela encontrou a amiga saindo da mata chorando muito e em estado de choque.
A jovem desmaiou e foi levada pelos seguranças ao Hospital do Subúrbio (HS) e, até a noite, permanecia internada, em observação, com lesões no pescoço.
Segundo registro da Polícia Civil, o homem, ainda não identificado, simulou estar armado e fugiu logo após o crime. PMs da 14ª CIPM (Lobato) fizeram rondas pelo parque, mas não o localizaram.
Investigação
A vítima contou a uma policial civil que o criminoso era pardo, magro, com 1,75 m de altura, aparentando ter 30 anos, tinha o cabelo crespo e trajava uma camisa de manga com listras verdes, um short azul por baixo de uma bermuda e calçava sandálias.
A cunhada dela esteve, na tarde desta quarta, na 29ª DT (Platforma) e forneceu à delegada Celina Santos, titular da unidade, características do suspeito para a confecção de um retrato falado.
Segundo o major Carlos Humberto, comandante da 14ª CIPM (Lobato), a segurança da área interna do parque é feita por uma empresa particular.
Espaço sagrado
Em seus 75 hectares de Mata Atlântica, o Parque São Bartolomeu tem valor religioso e histórico também. Tido pelos adeptos do Candomblé como um lugar sagrado, a reserva abriga quatro cachoeiras e a barragem do Rio do Cobre. O parque foi requalificado em 2014.
Segundo informações da assessoria de imprensa da Conder – órgão responsável pela administração -, a segurança do local é feita pela PM e que os seguranças que lá trabalham foram contratados para fazerem a vigilância patrimonial e cuidar dos equipamentos.
Fonte: A Tarde