Crise de representatividade
Cientistas políticos preveem o incremento da abstenção, dos votos branco e nulo em 2014. Os protestos de junho teriam revelado um crescente inconformismo com a política. Os eleitores não aceitam o comportamento e os privilégios dos políticos.
Na eleição (2012) para prefeito de São Paulo, esses votos foram de 32%. Em 2010, no pleito para presidente, foram de 25% (1º turno) e 28% (2º turno).
Esses cientistas políticos avaliam que o eleitor cansou de lero-lero e está à espera de gestos e atitudes. Um deles avalia: “Não há lugar para um caçador de marajás, mas para quem, como o Papa Francisco, dê o exemplo”.
O desafio dos candidatos será o de encarnar esse político. “O eleitor vai escolher entre os nomes existentes. O índice dos que querem oxigenar o Legislativo costuma ser de 60%, mas a renovação média é de 30%”, diz o diretor de um instituto de pesquisa.
Essa disparidade ocorre, explica, devido ao nível de conhecimento dos candidatos e à capacidade deles de se venderem à imagem e semelhança do que a população quer para dirigir seus destinos.
Fonte: Blog do Noblat