Brasileiro gasta em média R$ 78 por compra no cartão de crédito em 2015

Com uma movimentação de R$ 509 bilhões em compras com cartões de crédito e débito no primeiro semestre, o consumidor elevou o crescimento desse setor em 10,2% na comparação com o mesmo período de 2014. Segundo estimativa da Abecs (entidade que representa as empresas de meios de pagamento eletrônicos), o faturamento deve fechar 2015 perto de R$ 1,07 trilhão, leve redução da previsão setorial feita no começo do ano, de R$ 1,1 trilhão.

Para Marcelo Noronha, diretor presidente da Abecs, os dados positivos, dentro de um cenário ruim para diversos setores, são explicados por três fatores: 1) o fenômeno da migração dos meios de pagamentos – as pessoas compram cada vez menos com cheque e dinheiro; 2) bancos emissores mantêm limites de crédito para esses pagamentos eletrônicos em cerca de R$ 400 bilhões; 3) infraestrutura criada nos últimos anos.

“Hoje o brasileiro compra até picolé na praia com cartão de crédito e débito. Graças a isso, você estimula o conforto do consumidor e, conseqüentemente, o movimento do setor. Esses três fatores explicam nosso crescimento,” explica Noronha.

A expectativa da entidade é de que em outubro deste ano 200 mil pontos de vendas estejam aptos a utilizar todas as bandeiras que atuam no País.

No semestre, o parcelamento sem juros do cartão de crédito foi o responsável por 50,1% dos pagamentos por meios eletrônicos, financiando o consumo de produtos e serviços. A fatia representa R$ 169,3 bilhões. Os cartões respondem por 28,1% do consumo das famílias.

A concessão do crédito rotativo, com os maiores juros praticados, caiu de R$ 29,1 bilhões, em janeiro, para R$ 25,4 bilhões em julho.

“O consumidor brasileiro tem fugido do rotativo e isso é um bom sinal. Em média, ele utiliza o rotativo por 18 dias. Temos visto crescimento importante na utilização do parcelamento sem juros. Achar que temos uma crise de endividamento no Brasil não é correto”, avalia.

As compras com cartão de crédito somaram R$ 324 bilhões (alta de 10,1%) e as com cartões de débito chegaram a R$ 185 bilhões (alta de 10,5%), segundo o balanço da Abecs. Juntas, as duas modalidades registraram 5,5 bilhões de transações no período, alta de 10,4% ante o 2014. 

Fonte: Brasil Econômico

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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