Bolsonaro é filho do fracasso de petistas e tucanos em segurança

Petistas e tucanos polarizam a disputa presidencial desde 1994, quando Fernando Henrique ganhou de Lula, a quem tornaria a derrotar em 1998. Daí, Lula ganhou em 2002, 2006, com Dilma em 2010, e chega a 2018 ainda com gás. O outro lado, penando…

No caminho dos dois, eis que surge Jair Bolsonaro.

Petistas só fazem autocrítica intramuros. Dizem que Lula, no poder, com a faca e o queijo na mão para mudar as regras do jogo, fez o inverso: entrou de sola no esquemão.

Previsão — Tucanos também se queixam intramuros. Dizem que o grande erro foi ter apoiado o impeachment de Dilma. Agora, ela estaria sangrando.

Pelo contrário: apoiaram Temer, o tiro saiu pela culatra. Aécio Neves deixou  fardo para o partido, que agora paga caro, até ajudando a ‘lavar’ o PT e dar-lhe  condição competitiva que ostenta agora.

Bolsonaro prometendo bala para bandidos, no momento em que os escândalos de corrupção nas duas bandas viraram rotina. Desencanto da maioria, temperado com a sensação de que a única coisa que cresce no Brasil a olho nu é a violência. O PT foi omisso e os tucanos pagam o preço do casamento com Michel Temer, e com isso perdeu espaço.

Bolsonaro, Haddad, Ciro Gomes, Alckmin ou Marina, um deles será o presidente. Seja lá quem for, aperte o cinto. A previsão indica que teremos turbulências.

Rangel, a  revolta contra as  fábricas de avião fechadas

 Kleber Rebouças Rangel, o Comandante Rangel, candidato ao Senado na Bahia pelo PSL, o partido de Jair Bolsonaro, exibe um revolta pessoal entre as razões para buscar outro rumo político: as fábricas de pequenos aviões para o agronegócio e viagens curtas, da qual ele era um dos donos e entusiasta, fecharam desde 2014 sem que os apelos do segmento sejam ouvidos.

No Brasil, eram 48. Só ficaram três. Na Bahia, eram duas. Não tem nenhuma. Tudo porque a Agência Nacional de Aviação Civil disse que não tinha condições de fiscalizar.

— Nos bons tempos, chegamos a produzir 12 aviões por ano, um por mês.

Ele acha que a proibição é para boicotar brasileiros, em favor de outros países.

 

Fonte: Levi Vasconcelos/ A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

Menu de Topo