Advogado de Lula ataca MPF e Moro: ‘juiz da 13ª Vara perdeu a isenção’

O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins, disse, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (14), logo após o Ministério Público Federal apontá-lo como“comandante máximo” do petrolão, que o erro do petista foi “ter sido presidente da República”.

O defensor disse que tomará as medidas cabíveis, embora ainda não tivesse conhecimento completo dos autos, que pediram o bloqueio de R$ 87 milhões do ex-mandatário, da ex-primeira-dama Marisa Letícia, do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, e outros cinco acusados. Ele considerou a apresentação da denúncia pelos procuradores do MPF como uso de dinheiro público para “enxovalhar a honra de um cidadão que ainda não foi julgado” por meio de “um discurso político”.

Para Zanin Martins, a força-tarefa da Operação Lava Jato “tenta buscar um crime para acusar Lula”, ao argumentar que o episódio do tríplex se baseia em “uma propriedade que não existe” e que “todas as provas mostram que o imóvel não é de Lula e família, o que fulmina a tese da acusação”. “Há uma real intenção de tirar o presidente Lula do cenário político-eleitoral para 2018”, apontou.

O advogado subiu ainda mais o tom contra o MPF, ao afirmar que os procuradores se utilizaram de uma “narrativa mentirosa e incompatível com a realidade dos fatos”, já que, apesar de possuírem documentos, “preferiram ignorá-los e se basear em hipóteses e ilações para acusar Lula e Marisa”.

No entendimento do defensor do petista, as investigações sobre “a suposta organização criminosa” que desviou recursos da Petrobras já tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF). “O que ocorreu hoje em Curitiba foi um drible na decisão do ministro Teori Zavascki”, considerou.

Possível prisão de Lula – O advogado negou ter conhecimento da existência de um possível pedido de prisão contra o seu cliente, o que ele consideraria “absurdo”, mas demonstrou temor à atuação do juiz Sérgio Moro, o qual chamou de “juiz da 13ª Vara” que “perdeu a isenção” por atuar por meio de “ilegalidades e juízos de valor”. Ele diz que “não se surpreende”, se for confirmada a solicitação de detenção pelo magistrado, e adiantou que “qualquer coisa nesse sentido será combatida pela defesa”.

Embora diga que não há “justa causa” para a denúncia ser acatada pelo Judiciário, Cristiano Zanin Martins afirmou haver um histórico de “pré-julgamentos” no caso, inclusive já relatados à Organização das Nações Unidas (ONU), os quais aguarda que sejam reconhecidos pela entidade internacional.

Fonte: bahia.ba

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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