Rui evita comentar eleição e Wagner diz que “está de cabeça”

RUI COSTA GOVERNADOR

Amanhã (20) começa o prazo para a realização das convenções partidárias destinadas a deliberar sobre coligações e escolher candidatos  e, consequentemente, será dada a largada da campanha para as eleições 2016. Porém, apesar da proximidade do pleito, o governador Rui Costa (PT) prefere se manter neutro em relação à montagem do jogo. Enquanto isso, o ex-ministro e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, estrategicamente ou não, tem, ainda que de forma discreta, tomado para si o papel de articulador desse processo.

Ontem, durante a inauguração do Centro de Operações e Inteligência de Segurança Pública, Rui, ao ser questionado sobre o apoio já declarado do seu partido à candidatura da deputada federal  Alice Portugal (PCdoB) na disputa pela prefeitura de Salvador, optou por cautela e destacou que só irá se pronunciar somente em um “momento adequado”.

“Estamos aguardando a definição do quadro eleitoral. Até agora temos três candidatos da base: Alice, Isidório e Cláudio Silva. Os partidos estão conversando e no momento adequado vamos fazer um pronunciamento sobre isso”, acrescentou. “É preciso que tenhamos um alinhamento. Eu tenho 417 municípios para cuidar, não posso dar exclusividade para um só”, finalizou.

Ao responder a mesma pergunta, Jaques Wagner não hesitou em afirmar que trabalhará pela eleição da comunista Alice Portugal. “Eu estou de cabeça na campanha de Alice. Temos no PDT, o Sargento Isidório. Temos no PP, Cláudio Silva. Mas a campanha que agrega é a campanha de Alice”, afirmou em entrevista à Rádio Metrópole.

“Se as pessoas pararem, vão ver que o que é estruturante para a cidade foi feito pelo governo do estado. Mas o julgamento é do povo. Na hora exata, o povo vai escolher o que é melhor para Salvador. Vou trabalhar para Alice, e para Isidório também”, contemporizou.
O petista comentou a vantagem do ex-presidente Lula apontada pela pesquisa Datafolha divulgada no último sábado (16). “Sou cético em relação à pesquisa antes da eleição. Para governo e presidência está cedo. Mas fico feliz, porque Lula mora no coração dos nordestinos, é um reflexo disso aí”, disse.

Por fim, Wagner não perdeu a oportunidade de defender a presidente afastada Dilma Rousseff e afirmou que, com base na decisão do Ministério Público Federal (MPF), que  julgou que as pedaladas fiscais cometidas por Dilma não são crime, o movimento pela volta da presidente Dilma ganhou mais força. “Estamos trabalhando com os senadores para que possamos conseguir os 28 senadores para volta de Dilma. A população é quem tem que botar e tirar, esse processo foi artificial. Os derrotados de 2014 estão tomando o poder.

Tivemos erros, mas o impeachment é consequência”, explicou. Com o fim do processo, Wagner disse que tem duas opções: “Ou eu volto para lá [Brasília] ou fico aqui [na Bahia]”.

Fonte: tb

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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