Prefeito de Pedrão e secretário de Finanças querem pagar salários atrasados em oito parcelas
Alegando queda na arrecadação, o prefeito de Pedrão, Jacob Pereira da Silva (foto), e o secretário municipal de Finanças, Luiz Eudes, querem pagar os salários de dezembro e o décimo terceiro dos professores municipais em oito parcelas.
A proposta foi apresentada na última segunda-feira (4) em reunião com dirigentes do Núcleo da APLB Sindicado de Pedrão.
O prefeito é filiado ao PSD.
Luiz Eudes, atual secretário de Finanças de Pedrão, exerceu a mesma função na Prefeitura de Sátiro Dias (terceira administração de Joaquim Neto – 2009/2012).
Segundo Atanazia de Souza Campos, coordenadora local da entidade, as alegações não procedem porque a atual administração de Pedrão atrasa os salários com regularidade, mesmo tendo receita mensal superior a R$1 milhão. “Pesquisas realizadas no portal do Banco do Brasil indicam que nos meses de novembro e dezembro de 2015 os repasses alcançaram quase R$3 milhões, contrariando os argumentos do prefeito e do secretário de Finanças”, revela a dirigente sindical.
Ela afirma que por diversas vezes a APLB buscou abrir canais de diálogo com objetivo de encaminhar soluções para a falta de infraestrutura das escolas municipais e a inexistência de calendário de pagamento dos trabalhadores em educação, mas o governo pedronense rechaçou todas as tentativas.
A folha salarial da prefeitura, com efetivos e contratados, estaria em torno de R$ 500 mil por mês.
Atanazia diz que em outras secretarias os atrasos já atingem quatro meses.
Ano letivo
Sem o recebimento dos salários de dezembro e dos valores relativos ao décimo terceiro, a tendência é que os professores da rede municipal de educação não comecem o ano letivo.
Os alunos das 22 escolas da prefeitura ficarão sem aulas e o calendário completamente comprometido.
A coordenadora da APLB Sindicato informa que a categoria se reunirá na próxima segunda-feira (11) para tomar decisões em defesa da educação municipal e do cumprimento das obrigações trabalhistas da Prefeitura de Pedrão. “A situação é crítica, por isso estamos denunciando o descontrole da atual gestão, que não é de agora, como provam nossas correspondências ao gabinete do prefeito, e solicitamos a intervenção da imprensa e do Ministério Público”, salienta Atanazia.
Secretária
A reportagem do Alagoinhas Hoje entrou em contato com a secretária municipal de Educação, Tatiana de Sousa Ferreira Santos, por intermédio do WhatsApp, mas até o fechamento desta matéria ela não apresentou a versão do governo sobre os motivos dos atrasos salariais dos professores.
A proposta da Prefeitura de Pedrão é pagar a primeira das oito parcelas salariais a partir de janeiro.
