Vereador defende mais transparência no Programa Minha Casa, Minha Vida em Alagoinhas
Amanhã, a partir das 9 horas, será realizada na Câmara de Vereadores de Alagoinhas audiência pública para tratar de questões vinculadas ao Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Rogério Marcos, diretor de Habitação da Secretaria Municipal de Assistência Social, Sônia Fontes, secretária de Infraestrutura, representantes da Caixa Econômica, do Banco do Brasil e de outros segmentos sociais já confirmaram a participação na audiência. O Ministério Público também foi convidado.
Autor da proposta de realização da audiência, o vereador Radiovaldo Costa (PT) afirma que o objetivo é discutir vários aspectos que envolvem diretamente o programa, mas um dos itens mais importantes para ele é a necessidade de estabelecer transparência na distribuição das casas do Programa Minha Casa, Minha Vida em Alagoinhas. “Existem 1.770 casas a serem entregues na rua do Catu e Calu, mas as inscrições ultrapassam dez mil”, salienta Costa. Ele diz que os critérios para definição dos futuros moradores precisam ser claros, transparentes e sem qualquer tipo de privilégio.
O vereador salienta que existem suspeitas de distribuição de casas do programa para pessoas com renda familiar superior a R$1.600,00, que deveriam estar fora do MCMV. “Queremos evitar distorções e a audiência pública servirá para que juntos encontremos as melhores alternativas visando atender a demanda dentro de critérios justos e equilibrados, sem o velho jeitinho brasileiro, a partir de uma investigação social séria e que levante as reais necessidades das famílias inscritas”, registra Costa.
Outro estudo, que para o vereador tem sido deixado de lado pela Prefeitura de Alagoinhas, é o aprofundamento de questões atinentes ao impacto urbano das novas moradias nos setores de transporte, saúde, educação e infraestrutura. “Os aglomerados populacionais certamente exigirão serviços públicos e a administração municipal precisa estar atenta às demandas que surgirão naturalmente”, diz o vereador.
A questão social, voltada para o trabalho de inserção dos jovens moradores dos conjuntos residenciais, é fundamental, no entendimento do petista, objetivando evitar, dentro do possível e com base em metodologias adequadas, o contato com pessoas que vivem à margem da lei e o ingresso no mundo do crime. “O cuidado com os jovens assegurará mais qualidade de vida para suas famílias”, garante o parlamentar.
“Precisamos abrir a caixa preta na qual se transformou o Programa MCMV em Alagoinhas, atendendo as famílias que de fato preencham os critérios técnicos e não por mera vinculação política”, finaliza Radiovaldo.
