Crise atinge indústria de petróleo e 350 trabalhadores devem ser demitidos na microrregião de Alagoinhas

A crise está presente no dia a dia da indústria petrolífera da Bahia e já atinge os municípios de Alagoinhas, Esplanada, Araçás, Cardeal da Silva, Mata de São João e São Sebastião do Passé com demissões de trabalhadores e desmobilização de atividades.

A Petro Recôncavo, situada em Mata de São João, comunicou ao SINDIPETRO Bahia que no final deste mês demitirá 30 trabalhadores especializados. A empresa produz diariamente 4 mil barris de petróleo e depois da Petrobras é maior produtora brasileira em campos terrestres. No final do mês passado, a empresa já havia demitido 30 empregados.

Outra empresa, a LUPATECH, com sede em Catu e que presta serviços à Petrobras na área de sondagem, planeja demitir nos próximos dias 150 trabalhadores. A ELOS e a GDK, também prestadoras de serviço, demitirão um número ainda indefinido de funcionários.

Atualmente, na Bahia são produzidos diariamente 48 mil barris de petróleo. No passado, em tempos áureos, o estado chegou a produzir 150 mil barris. A partir do envelhecimento dos poços e da queda da produção baiana, a estatal brasileira de petróleo diminuiu investimentos e neste momento, com a crise da empresa e do segmento, está restringindo os recursos para a Bahia, aumentando a crise.

No total, as demissões devem atingir 350 trabalhadores, impactando diretamente nas economias de Alagoinhas e de cidades da microrregião.

ISS

Alagoinhas, a exemplo da queda dos royalties, também terá diminuição dos valores arrecadados com o Imposto sobre Serviços (ISS) como reflexo da queda da atividade petrolífera.

Especula-se que dos R$ 10 milhões arrecadados no ano passado com o ISS, a Prefeitura de Alagoinhas tenha uma perda de 20%  (cerca de R$ 2 milhões) em 2015 .  Os outros municípios da microrregião também perderão receitas.

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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