Galípolo segue favorito para comandar BC, mas Lula ainda não bateu martelo

O diretor Gabriel Galípolo (Política Monetária) manteve o favoritismo na disputa pela presidência do Banco Central, apesar de votar no Copom (Comitê de Política Monetária) pela interrupção da queda dos juros –diferentemente do que queria o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Embora Galípolo continue firme no páreo, auxiliares do governo afirmam que Lula ainda não bateu o martelo sobre o indicado para suceder o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em 31 de dezembro.

As especulações sobre o nome do futuro presidente do BC cresceram depois que o chefe do Executivo afirmou na terça (18), um dia antes da decisão do Copom, que escolheria uma pessoa “madura”, “calejada” e que não se submete a pressões do mercado financeiro.

A fala levou analistas da iniciativa privada a questionarem se Galípolo se encaixaria nos requisitos descritos por Lula. Pessoas próximas ao presidente, contudo, veem a declaração como uma estratégia do petista para despistar sobre a escolha. Caso deixasse muito claro o favoritismo de Galípolo para o cargo, deixaria o atual diretor muito exposto, na avaliação de aliados do presidente.

Aos 42 anos, Galípolo foi um dos conselheiros de Lula na campanha presidencial de 2022 e atuou como número dois do ministro Fernando Haddad (Fazenda). Ele segue tendo canal direto com Lula desde que deixou o cargo de secretário-executivo e assumiu o posto no BC.

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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