Eleições 2024: consensos, divergências e alianças improváveis.


Em uma roda de conversa entre políticos e jornalistas, na Câmara de Vereadores de Alagoinhas, logo após o encerramento da sessão solene de entrega da medalha Maria Sinforosa de Oliveira, que aconteceu ontem (13), no plenário do legislativo, o tema central foi a sucessão do atual prefeito.

Estratégias da pré-campanha, alianças improváveis, satisfações, insatisfações, movimentações de possíveis candidatos, rejeições, pesquisas realizadas nos últimos dias e novos nomes que surgem no cenário eleitoral foram os principais temas debatidos.

Um consenso entre os interlocutores: dificilmente, talvez só por um milagre e não pela capacidade estratégica do prefeito, o grupo situacionista marchará unido rumo ao dia 6 de outubro de 2024. A tendência, segundo os analistas, é o rommpimento e a agregação de lideranças a grupos que fazem oposição ao prefeito.

Outro consenso: a confusão governista entre a votação/eleição da deputada estadual Ludmilla Fiscina e a superestimação da força política/eleitoral do prefeito na eleição municipal. Para todos aqueles que estavam na roda de conversa as eleições são completamente diferente.

Alguns afirmaram que o ex-prefeito Paulo Cezar ainda tem força eleitoral. Para se tornar viável, de acordo com as análises do grupo que dialogava sobre a política de Alagoinhas, ele precisará de uma aliança forte, de mudar a forma de disputar eleição e, mais ainda, o que não é provável, ter coragem para afastar familiares do núcleo central de sua hipotética futura campanha.

O desejo por um nome novo na política também foi citado como possibilidade real, inclusive com candidatura ao Executivo de uma mulher.

Um dos temas mais polêmicos da roda de conversa foi o posicionamento do Partido dos Trabalhadores, que hoje (14) à noite realiza reunião do diretório municipal para definir as táticas e estratégias para as eleições do próximo ano.

No encontro de hoje poderá ser definido se o PT terá candidato à Prefeitura de Alagoinhas.

Radiovaldo Costa, que há um mês resistia a disputar mais uma vez o Executivo, ontem, já demonstrou o desejo de concorrer. O ex-vereador entende que o quadro em 2024 será muito mais favorável do aquele que enfrentou em 2020 e está otimista com uma possível terceira candidatura.

Grande enigma da conversa, não solucionado, mas com alto teor polêmico: O PT se aliará ao governo municipal? Opiniões divergentes acaloraram o debate.

Alguns, acreditam que o PT só tem a perder com a aliança, pois não terá tempo suficiente para modificar o estado caótico de algumas secretarias, se queimará de antemão para a disputa eleitoral e restará à legenda apenas espaço para compor a vice na chapa encabeçada pelo candidato situacionista.

Outros, em sentido inverso, acreditam que o ingresso no PT na administração municipal poderá modificar o quadro atual, melhorando a prestação de serviço em áreas atualmente mal avaliadas.

A força política de Cleto da Banana foi citada como importante na formação das chapas e estabelecimento das futuras alianças, por liderar alguns parlamentares dispostos a seguir os caminhos escolhidos pelo presidente do legislativo.

A recente movimentação de Raimundo Queiroz, chefe de Gabinete da Prefeitura, foi avaliada como manobra do prefeito e da deputada estadual Ludmilla Fiscina. Uns acreditam que o chefe de Gabinete demorou a colocar o bloco na rua e terá dificuldades para firmar seu nome em razão do pouco tempo para construir imagem positiva, mesmo passando a utilizar recentemente o Instagram, mas sem estratégias corretas para atrair apoios importantes.

Os movimentos do secretário Gustavo Carmo também foram tema da conversa sobre a sucessão municipal.

Há, segundo um dos analistas, espaço para uma terceira via eleitoral a partir de alianças que poderãos ser formadas.

O desejo do ex-deputado Luiz Argolo de disputar a eleição em Alagoinhas não foi considerado viável.

Consensos absolutos: a eleição está aberta, alianças hoje improváveis poderão se tornar realidade e a grande dificuldade que o prefeito terá para manter o bloco que o apoia unido em torno de um candidato.

Foto: Alagoinhas Hoje -13.03.23.

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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