Primeira paciente diagnosticada com a covid-19 em Alagoinhas contesta fake news e afirma que processará quem disseminou informações falsas

 

 

A economista Tissyana Ribeiro Mendes Barreto, que exerce cargo de confiança na Secretaria da Fazenda da Prefeitura de Alagoinhas, entrou em contato com o editor do site Alagoinhas Hoje para, segundo ela, contestar uma série de boatos e  fake news que envolveram seu nome e atingiram sua família

Ela foi a primeira paciente diagnosticada com a Covid-19 em Alagoinhas, no início da segunda quinzena de março, o que gerou uma série de desdobramentos (ataques de “colegas” da PMA e muita desinformação nas redes sociais e veículo de comunicação).

Tissyana Ribeiro Mendes Barreto informou que ingressará na justiça contra funcionários da Prefeitura de Alagoinhas (que publicaram fotos de sua família em grupos de WhatsApp) e comunicador da mídia radiofônica que veiculou notícias falsas. 

Embora no site Alagoinhas Hoje não tenha sido publicada sequer uma linha sobre o assunto, optamos por abrir espaço ao texto enviado por Tissyana Ribeiro Mendes Barreto. 

Aos desavisados, sempre prontos a atacar o editor do Alagoinhas Hoje, registro que os textos abaixo não são direito de resposta e sim opções editoriais. 

O site foi procurado pelo reconhecimento de sua importância no jornalismo de Alagoinhas e em função da repercussão das matérias veiculadas. 

Maurílio Fontes

Abaixo, os textos enviados por Tissyana Ribeiro Mendes Barreto em quatro partes. 

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“De forma diversa ao quanto foi veiculado, a primeira paciente que testou positivo para a Covid-19 no município de Alagoinhas esclarece que seguiu todas as orientações e tomou os cuidados necessários com a sua saúde e com a dos demais que com ela se relacionaram. Desde que foi considerada como suspeita de ter contraído a Covid-19 permaneceu em isolamento domiciliar.

A paciente não realizou nenhuma reunião ou permaneceu no local de trabalho após ter sido diagnosticada e se esclarece que não houve omissão de informações, nem por parte da paciente nem por parte da Prefeitura, tendo sido divulgado para a população e às autoridades sanitárias o resultado do diagnóstico e a identificação do seu caso imediatamente após o resultado ter sido confirmado.

Ademais, se clarifica que, diferente do quanto veiculado em determinados meios de comunicação, a paciente não realizou nenhuma viagem para o exterior ou para fora do estado durante o período da pandemia.

A paciente lamenta ainda que no momento de enfermidade, fragilizada, sem condição de defesa, tenha sido alvo de calúnias e difamação”. 

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(1) Minha última viagem ao exterior foi com data de retorno em 05/07/2019, conforme registro no passaporte. 

(2) Eu passei mal no CAM em 17 de março. Vim para casa por volta de 9 horas da manhã e não mais retornei para nenhuma dependência ou órgão da PMA.

(3) Ainda no dia 17 realizei consulta médica no turno vespertino. A partir daí saí de casa apenas para realização de exames, dentre eles laboratoriais de H1n1, influenza, zica, chicungunya, dengue, hemograma e de imagem.

(4) Meu trabalho na Sefaz Alagoinhas envolve atendimento ao público.

(5) Estive em Salvador na semana anterior.

(6) No dia 20 de março fui para emergência médica do Hospital da Bahia. Retornei para casa no mesmo dia. Tive um segundo pico febril, quando fui pela segunda vez para o Hospital da Bahia e permaneci em unidade semi-intensiva.

(7) O resultado do diagnóstico laboratorial é informado pelo Laboratório Central ao Núcleo Regional de Saúde-NRS. E o NRS entra em contato com o paciente. Ou seja, é impossível o paciente ou Secretaria Municipal da Saúde esconderem o  resultado (o diretor do NRS foi muito ético conosco e teve uma postura super íntegra).

(8) Meu esposo testou positivo. Minhas duas filhas, bem como minha secretária, testaram negativo.

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A quem interessa a identificação dos pacientes positivos para a Covid 19?

Exclusivamente às autoridades sanitárias, para fins de acompanhamento do tratamento, bem como de registro de dados estatísticos sobre a doença pandêmica.

Informações pessoais capazes de identificar o paciente (tais como nome, CPF e endereço) devem ser preservadas. Com efeito, conforme se extrai do art. 5º, inciso II, da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº. 13.709, de 14 de agosto de 2018), informações referentes à saúde são consideradas dados pessoais sensíveis.

Após ter sido diagnosticada como paciente da Covid 19, fui novamente contatada tanto pela Secretaria Municipal de Saúde, quanto pelo Núcleo Regional de Saúde, para o que eles denominam de “busca ativa” ou “rastreamento de contatos”.

A partir daí providenciaram testar as pessoas com quem resido, bem como forneci os nomes dos meus colegas de trabalho para que fossem também monitorados e submetidos ao teste.

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Gostaria de acrescentar que os passaportes foram colocados à disposição das autoridades sanitárias, para comprovação de datas de entrada e saída no país, para que não houvesse margem de dúvida.

Data do afastamento: fica comprovada com atestado médico emitido em consulta realizada em 17 de março, dia de manifestação dos primeiros sintomas, assegurando que a partir desta data não mais retornei ao trabalho, não tendo contato com colegas ou contribuintes, em reunião ou de forma individual.

Simultaneamente, na semana de 16 a 20 de março, outras pessoas do meu setor  apresentaram alguns sintomas, tipo febre, mas apenas uma do meu setor testou positivo para a Covid-19. Então, é difícil identificar a origem da contaminação.

 

 

 

 

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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