2020, o ano-laboratório para os políticos. E a gente paga a conta

Dizem nos meios políticos que 2020 será um ano-laboratório. O foco principal é aprender a viver nos novos tempos, com a proibição de coligações nas disputas proporcionais e também o principal: o lado da grana.

Com a proibição do financiamento privado, resta saber o que vai rolar com os R$ 2 bilhões (além de outro R$ 1,5 bilhão para o Fundo Partidário). Cortando dinheiro da Saúde e da Educação, um disparate.

Aliás, o Brasil já sofre, desde sempre, com o pagamento de mordomias em detrimento do mais abrangente interesse público. Aqui é uma democracia quase 0800, para o político. A gente paga o salário, os assessores, o aparato técnico e agora também para eles fazerem campanha. Era o que faltava.

Hipóteses – E o que vai acontecer neste novo ano? Eis as questões:

1 – Os partidos, com autoridade para distribuir a grana, vão ser democráticos ou virar propriedade pública a serviço de grupelhos endinheirados do fundo?

Resposta: a conferir.

2 – A escassez de dinheiro, já prevista, apesar do aumento indecente, vai dar força ao caixa-três, aquele formado por agiotas, traficantes e afins?

Resposta: com certeza serão usados caixas 3, 4 e 5, ou quantos houver.

3 – E os pequenos partidos, que estão fora do bolo do dinheiro, vão passar a vida elegendo um que logo muda ou vão desistir?

Que venha 2020.

E o celular ainda dá voto?

O deputado Roberto Carlos (PDT) reivindica os méritos pelo fato de o povoado de Tijuaçu, em Senhor do Bonfim, ter recebido sinal de telefonia celular pela primeira vez na história. Aí perguntam: e isso ainda existe?

Roberto Carlos diz que a demanda é muito maior do que parece e que tais atos fazem parte das obrigações como deputado.

Agora, se isso ainda dá voto, há controvérsias. Dizem que já nem tanto.

 

Fonte:

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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