Rompimento entre os grupos de Paulo Cezar e Luiz Argôlo poderá acontecer até o final do ano – Maurílio Fontes
Faltando exatamente 15 meses para o dia 5 de Outubro de 2014, quando as cadeiras dos parlamentos estaduais, dos governos do estados e do distrito federal, do Congresso Nacional e a chefia do Executivo federal estarão em disputa, o clima entres os grupos políticos do prefeito Paulo Cezar e do deputado federal Luiz Argôlo já não é do melhores e muita coisa poderá acontecer nos próximos meses.
Depois dos acontecimentos do Transbaião, a convivência nos bastidores é muito ruim,visto que muita gente ligada ao prefeito não aceita – com razão – o protagonismo do deputado federal em terras alagoinhenses nos dois dias de festejos juninos.
Alguns assessores defendem o rompimento imediato, mas isso teria custos para a administração, que no mínimo não conseguiria acesso facilitado ao Ministério das Cidades, cujo titular, o deputado federal pepista (licenciado) Agnaldo Ribeiro, é companheiro de bancada de Luiz Argôlo.
Uma das mais incomodadas neste momento seria a secretária de Assistência Social, Tatiana Andrade, extremamente chateada com os acontecimentos do Transbaião.
Sagaz, o prefeito Paulo Cezar deve estar fazendo os cálculos políticos e eleitorais sobre as perdas da manutenção da aliança, os ganhos de sua permanência e as consequências do seu rompimento imediato, em dezembro ou no primeiro trimestre de 2014, quando terá que definir seus candidatos à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal.
O fato é que o clima se degrada rapidamente e gente que compõe a aliança de sustentação do prefeito já o avisou que não votará em Argôlo, demonstrando que a cisão ganhará contornos incontroláveis nos próximos meses.
O fortalecimento do deputado em Alagoinhas resultará em dificuldades para o prefeito Paulo Cezar conduzir em 2016 sua sucessão.
O caso, pela quantidade de votos que envolve, vai acabar chegando à mesa do governador Jaques Wagner.