Dilma terá de conviver com o “Volta Lula”, avalia petista

Além dos adversários e das críticas a seu governo, a presidente Dilma Rousseff ainda deve enfrentar seguidas vezes a sombra de seu antecessor, o ex-presidente Lula. A avaliação é do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), líder do Governo na Câmara dos Deputados até o mês passado, quando deixou o posto por ter sido eleito vice-presidente da Casa. Para ele, o “volta Lula” é um movimento que independe de articulações de parlamentares da base aliada, pois tem um apelo popular grande.

“É difícil comparar a liderança da presidente Dilma com a de Lula, ele é um dos principais líderes políticos do País nas últimas décadas”, afirma. Para Chinaglia, o único remédio eficiente contra esse movimento é a decisão de Lula de não ser candidato e suas manifestações em favor da reeleição da presidente.

Chinaglia lembra que o ex-presidente exerce um papel fundamental dentro do PT desde os anos 1980, quando o partido foi fundado. “A esquerda não só brasileira, mas do mundo todo, tinha certeza que o PT não sobreviveria, pois o partido reunia stalinistas, trotskistas, sindicalistas e os movimentos progressistas da Igreja Católica. Só chegamos onde estamos hoje por conta do poder de mediação do Lula”, analisa.

Na opinião do parlamentar, o ex-presidente será decisivo mais uma vez nas eleições deste ano. “Não dá para dizer que ele será um 12º jogador – como se fala de uma torcida forte, que incentiva o tempo inteiro – porque o Lula vai estar dentro de campo”, acredita. “Vai ser difícil alguém repetir a trajetória dele. Há críticas ao PT, ao governo da Dilma e ao tamanho do ministério. Mas o Lula é o grande avalista da reeleição dela”, completa.

Fonte: Brasil Econômico

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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