PF corrige informação e diz que malas de bunker de Geddel não estão desaparecidas

Polícia Federal afirmou que escrivão cometeu equívoco e deixou de contar duas sacolas

A Polícia Federal corrigiu a informação de que duas malas apreendidas no bunker do ex-ministro Geddel Vieira Lima estavam desaparecidas. De acordo com a PF, o escrivão responsável pela contagem cometeu um equívoco ao deixar de verificar duas malas pequenas qeu estavam dentro de outras duas malas maiores.

O escrivão, no entanto, havia consignado a falta de duas malas em documento. As malas foram enviadas à Brasília, onde ocorre o inquérito. O sumiço tinha sido revelado pelo repórter Aguirre Talento, da IstoÉ.

Após a reportagem, a PF lavriou uma nova certidão nesta terça-feira (28), que também vai ser encaminhada ao inquérito. “Certifico que, em decorrência de matéria veiculada na imprensa no dia de hoje, foi realizada nova verificação das malas recebidas da Polícia Federal de Salvador, constatando-se que se tratam de 9 (nove) malas, sendo que duas malas menores estavam acondicionadas dentro de duas maiores”.

Apreensão

Segundo a PF, os agentes chegaram até o apartamento no edifício residencial José da Silva Azi, na Graça, a partir de dados coletados em investigação nas últimas fases da Operação Cui Bono. Toda a quantia seria depositada em uma conta judicial.

Ainda conforme a PF, o apartamento teria sido cedido a Geddel para que o ex-ministro guardasse pertences após a morte do pai, em 2016.

Geddel está preso desde o início de setembro no presídio da Papuda (DF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar denúncia nos próximos dias.

Relatório acusa ex-ministro

Nesta terça-feira (28), a Polícia Federal afirmou, em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que há suficientes indícios de que Geddel, seu irmão, Lúcio Vieira Lima, e a mãe dos irmãos, Marluce Vieira Lima, cometeram os crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A afirmação é a conclusão da investigação do bunker de R$ 51 milhões. Os ex-assessores dos irmãos, Job Ribeiro e Gustavo Ferraz, também são apontados como envolvidos nos crimes.

“[Os envolvidos] estiveram unidos em unidade de desígnios para a prática de crimes de lavagem de dinheiro, seja pelo ocultamento de recursos financeiros em espécie oriundos de atividades ilícitas praticadas contra a Caixa Econômica Federal (corrupção de Geddel), apropriação indevida de recursos da Câmara dos Deputados por desvios de salários de secretários parlamentares, caixa 2 em campanhas eleitorais, possível participação de Lúcio Vieira Lima em ilicitudes relacionadas a medidas legislativas e da participação de Geddel em organização criminosa”, conclui o delegado Marlon Cajado.

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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