Vade retro, PC – Maurílio Fontes

 

Alagoinhas, apesar de todos os problemas deixados pela administração Paulo Cezar, deve estar feliz neste 31 dezembro: último dia em que PC é o prefeito.

Prefeitinho de mentirinha, pois abandonou a cidade e foi experimentar o sol em Ilhéus. Mas há outro motivo mais alvissareiro para nossa alegria e regozijo: o reinado da madame acabou, escafedeu-se, fumaçou (uso aqui um jargão popular). Ela, a madame reformada, não poderá, partir de amanhã, mandar em mais nada e deixará de praticar suas ações defectivas. Com um rosto nada angelical conseguiu enganar milhares em oito anos.

Nós, do Alagoinhas Hoje, com a sensação do dever cumprido, combatemos o bom combate e fizemos dezenas de denúncias sobre a sua gestão nada republicana. Ela fez uma ameaça: me daria um murro. Tremi de medo. Quem, como eu, enfrentou bandidos na política não teria e nem poderia ter medo de uma cidadã relambória, que entre nós ganhou status de manda chuva.

Muitos tiveram receio, curvaram-se diante dela, fizeram suas vontades (verdadeiras ordens) e hoje se arrependem amargamente. Ela sempre gostou de panelinhas. Não as da cozinha, mas as políticas. Hoje, PC afirma que sua candidata à prefeitura foi mantida porque seria largado se a mudasse. Ele não quis repetir a dose. Forma edificante de fazer política.

Destratou por dezenas de vezes seus auxiliares mais próximos, como se caninos fossem (e foram), mas tremia diante da madame.

Em meados de 2012, em conversa com Fernando Aranha ele me disse que seriam secretários quem a madame quisesse. Retruquei: “Sejam homens e não aceitem as imposições”. Ele revelou uma frase da madame; “Seo Aranha, quem tem votos é o meu marido. Vocês não têm votos”. Ela subjugou o entorno de PC. E passou a mandar anda mais no segundo mandato.

Aos aliados periféricos nunca deu importância alguma. Foram massa de manobra para a conquista de privilégios. Não se pode contar todas as histórias que foram ouvidas ao longo dos últimos anos. Mas um dia todas elas virão à tona para desmascarar o modelito aleivoso.

A história é inexorável.

Nunca me enganei e nunca fui enganado pelas conversinhas bonitinhas, mas……. No espaço das reticências, caro leitor, insira os adjetivos que quiser.

À meia-noite de hoje, a madame voltará ao seu estado normal: deixará de ser cinderela para retornar à condição de abóbora.

Vade retro, PC. Vade retro, madame. 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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