Prefeitura de Alagoinhas não pode ser butim para amigos e aposentadoria “Dolce Far Niente” – Maurílio Fontes
A disputa eleitoral está na fase de aquecimento, com os contendores arrumando seus times para enfrentar a grande batalha que se avizinha velozmente, mas alguns pressupostos, de chofre, são fundamentais para balizar os atributos dos postulantes: compromisso real com o povo de Alagoinhas, competência técnica, capacidade de gestão, visão futurista e consciência de que o erário deve ser administrado levando-se em consideração os interesses da maioria da população alagoinhense e não para atender a fome insaciável de alguns, que desejam fazer vida à sombra do caixa da prefeitura.
Mas o que se vê neste momento é a preponderância de discursos falaciosos, desprovidos de conteúdos reais, que buscam agradar àquele que pensa ser o detentor do poder absoluto para manipular seus pré-candidatos e, mais ainda, o povo de Alagoinhas, que demonstrou nos últimos 40 anos votar de forma livre e autônoma. Para o bem e para o mal. Com erros e acertos, mas com altivez.
Os artificialismos serão desmascarados e de nada adiantarão as sombras nas quais alguns/algumas manipuladores/manipuladoras tentam se esconder para agir à revelia dos bons costumes, com procedimentos característicos do baixo meretrício (real e simbólico), terreno em que transitam com leveza pela proximidade atávica que mantêm com este espaço.
Chegantes criam árvores genealógicas imaginárias com intuito subalterno de demarcar vinculações históricas com Alagoinhas, aproveitando-se da boa fé do povo e da inanição da imprensa local (da qual faço parte há 30 anos, sem eximir-me de falhas e omissões), que a tudo engole como se fosse verdade absoluta.
Fazem a vida aqui, de maneira sub-reptícia, valendo-se de discursos eivados de sacrifícios pessoais em prol do bem de Alagoinhas e de sua gente. Conversa de quinta categoria em consonância com os personagens da ribalta política.
Engodo, porque percebem a prefeitura como um butim a ser conquistado e instrumento de uma futura e gorda aposentadoria, diga-se, ao arrepio da lei.
Almejam o ”Dolce Far Niente“, tão ao gosto dos milionários. Só que à custa do erário alagoinhense e do sacrifício desta terra, pródiga em acolher gente de bem e gente sem categoria. Aqui, nos devaneios dos novos ricos, faisões passaram a ter valor de galinhas caipiras.
O tempo é de análise e de cuidados com as sereias bariátricas, que juntas acreditam ser possível mais um período alvissareiro. Antes da avant première suas existências eram opacas. Hoje, elas pensam que brilham. Pura ilusão de ótica.
¡No pasarán!
