Polícia atirou em engenheiro para segurança de terceiros, diz PM

carroengenheiro

A Corregedoria da Polícia Militar instaurou inquérito para apurar a morte do engenheiro eletricista Moacyr Trés Costa Dória, que foi morto no dia 18 de junho, após uma abordagem feita por PMs da Operação Gêmeos.

Segundo nota da corporação, os agentes iniciaram o acompanhamento do carro Ford Ka, conduzido por Moacyr, após constatarem que o veículo era dirigido de forma perigosa e em alta velocidade, no município de Lauro de Freitas. Os policiais teriam feito diversos sinais para que o condutor parasse e houve tentativas frustradas de interceptação do carro.

Na Avenida Paralela, na entrada do Trobogy, um bloqueio na via foi feito por um dos policiais e, segundo alegam, foi desrespeitado por Moacyr. Com a invasão, foram efetuados disparos de arma de fogo que, ainda de acordo com a PM, tiveram como objetivo tentar pará-lo, já que a vida de terceiros estava em risco no trânsito.

O engenheiro foi atingido por um dos projéteis e socorrido ao Hospital Roberto Santos, mas não resistiu aos ferimentos.  Moacyr era professor do Instituto Federal da Bahia (Ifba), no Barbalho, e de acordo com familiares a informação sobre a sua morte só foi descoberta uma semana depois.

O advogado da família, Bruno Rodrigues, questiona a versão apresentada pelos policiais envolvidos no inquérito. “Os policiais dizem que ele furou uma blitz em Lauro de Freitas e furou cinco bloqueios, por isso foi alvejado. Afirmam que um projétil desses atingiu o pneu e ricocheteou, atingindo a femoral. Mas o carro tem mais de 17 projéteis, está com pneus todos estourados. E os ângulos de entrada mostram que quem atirou estava do mesmo lado do carro. Emparelhado pela polícia e metralhado. O carro sem película, à luz do dia, não tem desculpa para o que aconteceu”. afirmou ao jornal Correio.

Fonte: bahia.ba

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

Menu de Topo