PF reprime grupo miliciano de extermínio que atuava em SE e na BA

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (3) a Operação Poço Vermelho* com o objetivo de desarticular grupo miliciano de extermínio que atuava nos estados de Sergipe e Bahia.

Estão sendo cumpridos 24 mandados judiciais, sendo seis de prisões preventivas, 15 de conduções coercitivas e três mandados de busca e apreensão. Participam da operação 120 policiais federais, que cumprem diligências nos municípios sergipanos de Poço Verde, Simão Dias, Boquim, Lagarto e Aracaju, além das cidades de Cícero Dantas, Heliópolis e Eunápolis, na Bahia.

Duas equipes da PF, na Bahia, deslocaram-se para Heliópolis/BA, onde cumpriram três mandados de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva, sendo a pessoa conduzida para a Superintendência da Polícia Federal em Sergipe, onde prestou depoimento e foi liberada. Já em Eunápolis/BA, a Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão.

O grupo de extermínio é investigado pela Polícia Federal (Unidade de Repressão a Crimes Contra Pessoa) desde maio deste ano por envolvimento em diversos homicídios, todos com características de execução.

As investigações foram iniciadas a partir do encaminhamento à Polícia Federal de listas, divulgadas na cidade de Poço Verde, contendo nomes de pessoas marcadas para morrer, sendo que algumas delas foram brutalmente assassinadas, com requintes de crueldade.

No decorrer das investigações o principal suspeito do grupo de milícia foi morto, em suposto confronto com policiais civis do estado de Sergipe.

Os investigados serão ouvidos na Polícia Federal, sendo que os presos preventivamente serão encaminhados ao Complexo Penitenciário de Aracaju e os depoentes em condução coercitiva serão liberados.

Após comprovação, todos responderão, na medida do seu envolvimento,pelos crimes de homicídio, constituição de milícia privada, posse, porte e comércio ilegal de armas e munições.

* O nome da Operação Poço Vermelho é uma alusão à cidade de Poço Verde, local onde ocorreu grande número de execuções, com extrema violência.

Fonte: Serviço de Comunicação Social – Polícia Federal – Superintendência Regional na Bahia