Lava Jato denuncia Renan Calheiros por corrupção

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta segunda-feira (12) o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) ao Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lava Jato pelo suposto recebimento de propina no valor de R$ 800 mil e lavagem de dinheiro em doações oficiais da empreiteira Serveng.

O presidente do Senado já é réu em uma ação no Supremo sob a acusação de recebimento de propina da construtora Mendes Júnior.

Segundo a denúncia feita nesta segunda pela Procuradoria-Geral da República (PGR), os parlamentares teriam oferecido apoio político para manutenção de Paulo Roberto Costa no cargo de diretor de abastecimento da Petrobras. A denúncia alega que Costa “praticou os atos necessários para que a Serveng participasse de licitações na empresa pública”.

O diretor comercial da Serveng, Paulo Twiaschor, também foi denunciado. De acordo com a PGR, ele teria feito doações ao Diretório Nacional do PMDB na ordem de R$ 500 mil em 18/08/2010 e de R$ 300 mil em 24/9/2010.

Segundo nota enviada pela PGR à imprensa, o dinheiro teria seguido do Diretório Nacional do PMDB para o Comitê Financeiro do PMDB/AL e depois para o presidente do Senado, Renan Calheiros, em uma suposta “estratégia de lavagem de dinheiro”. 

A PGR afirma que o suposto apoio do PMDB para a manutenção de Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento, “incluindo o do senador Renan Calheiros”, teria sido confirmado em colaboração premiada por Alberto Youssef, Fernando Falcão Soares e Delcídio do Amaral.

A denúncia também inclui registros de supostas entradas na Petrobras e quebras de sigilo bancário.

A denúncia

A denúncia da PGR pede a condenação de Renan Calheiros e Aníbal Gomes pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além da perda das funções públicas. Veja a íntegra da denúncia.

Paulo Twiaschor é acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Janot também pede a “reparação dos danos materiais no valor mínimo de R$ 800 mil e de R$ 800 mil para os danos transindividuais (coletivos) causados, equivalente ao valor da propina”.

Em nota, Renan Calheiros nega que tenha autorizado ou consentido que o “deputado Aníbal Gomes ou qualquer outra pessoa falasse em seu nome em qualquer circunstância.” Ele também reitera “que suas contas eleitorais já foram aprovadas e está tranquilo para esclarecer esse e outros pontos da investigação.”

Fonte: Exame

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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