Isaquias volta à Bahia nesta sexta com carreata em Ubaitaba
Depois de cumprir uma agenda cheia, participando de diversos programas e dando entrevistas, o três vezes medalhista olímpico na Rio-2016 Isaquias Queiroz, enfim, volta para casa. Sua chegada está prevista para as 15h40 no aeroporto de Ilhéus, que fica a aproximadamente 80 km de sua cidade natal, Ubaitaba.
A recepção promete ser à altura das conquistas inéditas do baiano, que garantiu ao Brasil medalhas inéditas na canoagem- sendo o único atleta a subir no pódio mais de duas vezes na mesma edição de uma Olimpíada.
Isaquias vai chegar em Ubaitaba com festa e carreata – como teve em Salvador Robson Conceição, que ganhou o inédito ouro no boxe. Ainda no desembarque, o canoísta será recebido pelo governador da Bahia, Rui Costa.
De acordo com a assessoria de imprensa do governo do estado, Rui Costa já estaria na região de Ilhéus, e volta para Salvador após a recepção. Não ficou claro se o governador falará sobre o projeto de construção de um centro de treinamento de canoagem em Ubaitaba ou outra cidade banhada pelo Rio de Contas, como Itacaré – promessa feita após as medalhas do canoísta na Rio-2016.
Conquista única?
Para conquistar três medalhas numa Olimpíada a partir de Tóquio-2020, Isaquias precisaria dominar o caiaque além da canoa. Isso porque a Federação Internacional de Canoagem (ICF, na sigla em inglês), optou por excluir do calendário olímpico a modalidade C1-200 m, na qual Isaquias faturou a medalha de bronze. Desta forma, as provas na canoa que continuarão na Olimpíada serão as duas de 1000 m, individual e dupla.
De acordo com a ICF, a mudança ocorreu para incluir duas provas femininas no programa. Assim, apenas a modalidade caiaque terá mais de duas provas: cinco no masculino e quatro no feminino.
Mudanças estratégicas
De acordo com o treinador do baiano, o espanhol Jesús Morlán, Isaquias não deve mais disputar provas de C1-200 m em Mundiais e competições internacionais, continuando apenas com as modalidades que lhe renderam a prata e o C1-500 m, prova não-olímpica que é sua especialidade.
“Nunca na história houve um medalhista em provas de 200 m e 1000 m em Olimpíadas. Nunca houve também um canoísta com três medalhas na mesma edição. Exceto Isaquias”, ressaltou Morlán.
O treinador também disse que não aprova a retirada da C1-200 m dos Jogos Olímpicos. “Não gosto [da exclusão da C1-200 m] porque é uma decisão injusta com os velocistas. Podiam ter ao menos incluído uma prova de 500 m. Deste jeito, matam uma geração de velocistas, uma aposentadoria por decreto”, completou o espanhol.
Fonte: A Tarde