CPIs dos Correios e da Telefonia Celular são chicanas políticas – Maurílio Fontes
A tentativa de seis vereadores, que orbitam em torno do Paço Municipal de Alagoinhas, de instalar duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) para investigar a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e a prestação de serviços das operadoras de telefona celular não passa de chicana política. Diga-se, da pior espécie.
O fato é de uma desinteligência cavalar, em dose sêxtupla, demonstrando que quando se juntam, tais vereadores – Raimunda Florêncio (PSD), Jorge da Farinha (DEM), Arão Oliveira (PV), José Cleto (PTC), Lenaldo Simões (DEM) e Djalma Santos (PRB) – são capazes de produzir situações que enrubesceriam as cortesãs do século XVI.
O sexteto, muito distante daquele que secundou Jô Soares em seus programas televisivos, desafinou e, mais do que isso, ridicularizou o papel da Câmara de Vereadores de Alagoinhas, que não pode prestar vassalagem a nenhum governante, por ser constitucionalmente autônoma e livre para tomar suas decisões.
As verdadeiras razões (republicanas?) das assinaturas só podem ser explicadas pelos requerentes, sempre prontos a rechaçar CPIs. Em quase 20 anos de mandatos, a vereadora Raimunda Florêncio já havia assinado pelos menos um requerimento que propôs alguma CPI?
O vereador Arão Oliveira, que propala uma liberdade política que não têm, foi chamado às falas, terá que se enquadrar e cessar o jogo que faz entre os interesses do prefeito Paulo Cezar e de seu grupo político (Paulo Azi).
Os requerimentos carecem de motivações reais e estão vinculados à clara tentativa de barrar as CPIs da Secretaria Municipal de Assistência Social e da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT).
Na verdade, padecem de bernardice crônica.
O obituário dos dois requerimentos já pode ser anunciado: “Aqui jazem as CPIs dos Correios e da Telefonia Celular propostas por um sexteto caçoante, arteiro, pândego, galhofeiro …………….”
