Banco Central deve manter juros em 6,5%. Dúvidas ficam para 2019

O Banco Central vai anunciar hoje a nova taxa básica de juros da economia, a Selic. A maioria dos analistas espera que os juros sejam mantidos em 6,5% ao ano.

A previsão para a inflação deste ano é de 4,1%. Ainda que a projeção tenha subido – em janeiro, estava em 2,8%; em junho, estava em 3,7% –, continua abaixo da meta inflacionária estabelecida para 2018, que é de 4,5%.

O problema, na visão de alguns economistas, pode começar a partir do ano que vem.

Num relatório recente, os analistas do banco UBS afirmam que as empresas estão esperando o resultado da eleição presidencial para decidir se repassam para os preços dos produtos o aumento de custos provocado pela valorização do dólar.

A lógica é que, após o discurso do próximo presidente, será possível fazer uma estimativa melhor para o câmbio. Se as empresas acharem que a alta veio para ficar, devem aumentar os preços.

Os economistas que fazem projeções para a inflação tendem a seguir o mesmo caminho, diz o UBS. “As previsões para a inflação (incluindo a nossa) devem mudar rapidamente após a eleição”, afirma o banco em relatório.

A maioria dos analistas do mercado financeiro espera que os juros terminem o ano em 6,5%, porque a inflação está controlada e a economia patina. Estima-se que o PIB crescerá menos de 1,5% em 2018.

O UBS discorda. Para o banco, o BC deve aumentar a Selic na próxima reunião, marcada para 30 e 31 de outubro (logo depois do segundo turno, portanto). Na visão do banco, as pressões inflacionárias estão aumentando.

 

Fonte: EXAME

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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