Alagoinhas, o prefeito, a imprensa e Onan – Maurílio Fontes

“Circula” nas redes sociais, principalmente no Whatsapp, vídeo bem rápido em que o prefeito de Alagoinhas, Joaquim Neto, se declara, ao responder pergunta de um entrevistador, aparentemente pouco afeito ao meio político, praticante da masturbação (se a entrevista foi editada, o que não é possível saber sem que haja perícia, caberá ao prefeito tomar as medidas legais cabíveis). 

Portanto, ele é discípulo de Onan, personagem bíblico do Antigo Testamento, que demarcou os limites da autossatisfação sexual, via de regra, ato isolado e solitário, embora possa abacar outras possibilidades. 

Alagoinhas merece muito mais de seus comunicadores e principalmente da maior autoridade do município.

Brincar com coisa séria é debochar da população e dos grandes problemas enfrentados por nossa comunidade.

A ninguém interessa saber se o prefeito Joaquim Neto é praticante assíduo do onanismo. 

Após o “marqueteiro” Caboré, agora aparece o vídeo, que mais parece masturbação verbal, falta de temas para questionar o prefeito e incapacidade do chefe do Executivo em mudar de assunto e tomar para o si a condução de sua fala, sem entrar o jogo do comunicador.

Ambos, inegavelmente, prestaram verdadeiro desserviço ao  município, que rapidamente se tornará chacota nas redes sociais pelo inusitado da pergunta e mais ainda em razão da resposta jocosa do prefeito.

Todas as medidas dos bons costumes foram rompidas, restando, possivelmente, a Joaquim Neto um apelido que estará agregado ao cargo eletivo que desempenha: “Prefeito punheteiro”. 

Já tivemos ao longo da história muitas denominações, nem sempre elogiosas, que colaram nos prefeitos que governaram Alagoinhas.

É desnecessário relembrar os adjetivos desqualificativos, mas nunca antes em Alagoinhas um prefeito havia se declarado um masturbador convicto.

Certamente, ninguém vai querer, a partir da ciência de sua prática diária, apertar a mão direita do prefeito Joaquim Neto. 

Tomara que a Prefeitura de Alagoinhas não seja dirigida com a galhofa dos punheteiros. 

Liguei para o prefeito às 16h30, 16h42, 16h58 e às 17h08. 

Não fui atendido. As chamadas foram direcionadas para a caixa de mensagem. 

O objetivo das ligações foi ouvir a versão do prefeito para caso tão inusitado. 

Batalhas jurídicas

No dia em que sou informado acerca de um novo processo na Justiça por conta de denúncia publicada no Whatsapp, recebo a seguinte informação: venci o primeiro round de uma longa batalha jurídica e a decisão deixou registrada, de forma inequívoca, que pratiquei jornalismo.

À competência do advogado Gustavo Carmo e à diligência de Júlio Augusto devem ser creditadas a vitória que obtive nesta segunda-feira (12). 

Outras batalhas jurídicas virão.

Há, inegavelmente, em Alagoinhas, para me fixar nos limites territoriais do município, clara tentativa de me calar, porque o jornalismo que faço continua incomodando aqueles que se acham poderosos. 

Eles que mudem suas práticas.

Não mudarei a forma de fazer jornalismo. 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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