Alagoinhas: Hora de avaliar o desempenho dos secretários municipais – Maurílio Fontes

O prefeito de qualquer cidade – e aqui nos interessa fazer referência ao alcaide alagoinhense – em termos locais é o mais notório empregado do povo.

Empregado com atribuições que impactam na vida dos cidadãos, pois suas decisões, de uma forma ou de outra, respingam no cotidiano comunitário.

Na escala hierárquica local, apenas o povo está acima do prefeito no momento do encontro com as urnas.

Os secretários municipais, políticos ou técnicos, exercem cargos que deveriam estar vinculados aos seus respectivos desempenhos.

Por isso, precisariam ser constantemente avaliados pelo mandatário municipal.

Não agindo na direção da moderna administração pública, o prefeito contribui para o enraizamento de áreas de incompetência, baixa produtividade e falta de atendimento das demandas da população.

Inoperância e lentidão não rimam com a complexidade do município, que cresceu desordenadamente nos últimos anos e na atualidade exige intervenção planejada e cirúrgica do poder público, que não pode tudo, mas pode mais do que oferece na esfera das realizações tangíveis, em diversas áreas, sob a indelegável responsabilidade da Prefeitura de Alagoinhas.

A ampulheta do tempo, inimiga de quem está fora do poder, também não é aliada dos detentores da máquina pública.

O tempo escorre pelas mãos, incontrolável, com peso tonelar, mais ainda se as realizações não se concretizam e as insatisfações borbulham como caldo fervilhante que ultrapassa os limites da panela.

Um técnico de futebol dizia conhecer os jogadores no arriar das malas, obviamente no sentido figurativo e emblemático sobre a qualidade do atleta “chegante”.

Não se exige do prefeito esta  imediata sintonia fina para identificar as qualidades ou fragilidades dos ocupantes de primeiro escalão.

Neste momento, quando críticas pululam, é preciso fazer alguma coisa para dar tônus à máquina pública nas áreas mais criticadas – infraestrutura, transporte público, saúde – pela sociedade alagoinhense.

Um fortificante poderia ser receitado pelo médico Joaquim Neto, dublê de profissional de saúde e de político, aos secretários menos realizadores.

Não se espera o milagre instantâneo do espinafre de Popeye, mas urge colocar algumas secretarias no rumo certo, em consonância com parte das expectativas da sociedade.

Um freio de arrumação é mais do que necessário.

A placa vermelha com letras garrafais na qual está escrita a palavra PERIGO é um aviso que não pode ser desconsiderado.

O descarrilamento do trem chamado administração Joaquim Neto é mais grave do que deixar alguns passageiros (secretários) em estações ferroviários em busca de um novo destino (emprego).

Em alguns casos, se a passagem de ida for cortesia, ainda assim será grande vantagem para Alagoinhas.

Sem um adeus compungido.

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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